Ciência e Tecnologia • 19:28h • 14 de julho de 2025
Como problemas no cérebro podem afetar as emoções e o comportamento
Neurocirurgiã explica os impactos de tumores e lesões cerebrais na saúde mental e destaca os avanços das cirurgias minimamente invasivas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Presse | Foto: Divulgação

Nos últimos anos, cresce o interesse em entender como o cérebro, órgão responsável por coordenar todas as funções do corpo, também regula as emoções e o comportamento humano. Estudos indicam que doenças neurológicas, como tumores cerebrais ou lesões, podem provocar mudanças profundas na forma como uma pessoa reage ao estresse, interage socialmente e lida com as próprias emoções.
"A neurocirurgia, especialmente no contexto de tumores cerebrais, não só visa salvar vidas, mas também restaurar a qualidade de vida das pessoas, equilibrando suas funções cognitivas e emocionais", destaca a Dra. Danielle de Lara, neurocirurgiã com mais de 15 anos de experiência no tratamento de tumores cerebrais e da hipófise.
Quando o cérebro afeta o comportamento
Alterações como irritabilidade excessiva, agressividade ou perda de controle emocional podem ser sinais de problemas cerebrais. A Dra. Danielle explica que tumores em regiões específicas do cérebro ou na hipófise, glândula localizada na base do crânio, podem desencadear desequilíbrios hormonais, afetando diretamente o humor e o comportamento.
"Um tumor hipofisário, por exemplo, pode levar a alterações hormonais significativas, provocando ansiedade, depressão, alterações no apetite e até mesmo mudanças no julgamento social", explica a médica.
Tecnologia a favor do tratamento
Para esses casos, avanços tecnológicos em neurocirurgia têm possibilitado tratamentos mais seguros e com menos efeitos colaterais. Cirurgias minimamente invasivas permitem a remoção de tumores com menor impacto no tecido cerebral saudável e recuperação mais rápida para o paciente.
A cirurgia endoscópica transnasal, realizada com o auxílio de câmeras e instrumentos específicos introduzidos pelo nariz, é um exemplo dessa evolução. “Essa técnica evita grandes incisões, reduz riscos e acelera o retorno do paciente às suas atividades cotidianas”, diz a Dra. Danielle.
A importância do cuidado integral
Embora o procedimento cirúrgico seja fundamental, o tratamento para pacientes com doenças cerebrais precisa ir além. A médica destaca que o acompanhamento psicológico é essencial para ajudar o paciente a lidar com as mudanças emocionais e comportamentais que podem ocorrer antes e depois da cirurgia.
"O apoio familiar e um plano de reabilitação cerebral personalizado são fatores decisivos para garantir uma recuperação completa e o bem-estar emocional do paciente", conclui a neurocirurgiã.
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