Saúde • 11:22h • 25 de dezembro de 2024
Como combater a dengue: 11 dicas práticas para evitar a proliferação do Aedes aegypti na sua casa
Domicílios abrigam mais de 70% dos focos de criadouros do mosquito transmissor; eliminar pontos de água parada é principal medida para interromper ciclo reprodutivo do vetor
Da Redação com informações do Butantan | Foto: Arquivo Âncora1
O Brasil apresenta condições altamente favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya. Anteriormente restrito a áreas mais quentes e litorâneas, o inseto atualmente está amplamente disseminado por todo o território nacional, sendo registrado em mais de 90% dos municípios, conforme dados do Ministério da Saúde. Essa expansão é atribuída a uma combinação de fatores climáticos, geográficos e sociais, como altas temperaturas e umidade durante grande parte do ano, urbanização desordenada e a carência de saneamento básico adequado.
Até o início de novembro deste ano, o Brasil registrou números alarmantes: mais de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue, o maior índice já registrado, e mais de 265 mil casos de chikungunya, um aumento de cerca de 100 mil em relação a 2023. A maneira mais eficaz de reduzir esses números e prevenir a disseminação das arboviroses é interromper o ciclo de reprodução do mosquito, que se desenvolve em locais com água parada. Segundo o Ministério da Saúde, 75% dos criadouros estão dentro de residências, e uma dedicação de apenas dez minutos semanais seria suficiente para eliminá-los e interromper a reprodução do vetor.
Confira 11 dicas para colocar em prática já e deixar sua residência livre do A. aegypti:
1. Mantenha a caixa d’água totalmente vedada e avalie a possibilidade de colocar uma tela na saída do ladrão. O mesmo cuidado é válido para cisternas e tonéis que servem como reservatório de água.
2. Feche bem os sacos de lixo e procure colocá-los em locais mais altos, fora do alcance de animais. Já as lixeiras devem permanecer sempre muito bem tampadas.
3. Avalie quais pratinhos de plantas podem ser eliminados e preencha com areia até a borda aqueles que forem mantidos.
4. Dispense corretamente no lixo qualquer tipo de objeto que não seja utilizado e tenha potencial para acumular água. Garrafas, potes e vasos devem estar vazios e, se possível, tampados.
5. Retire folhas, galhos e sujeiras que impeçam o livre escoamento da água da chuva pelas calhas.
6. Instale telas nos ralos e mantenha-os sempre limpos. Caso estejam fora de uso, deixe-os muito bem tampados – o mesmo é válido para sanitários que são utilizados eventualmente.
7. Limpe e seque as bandejas de ar-condicionado e geladeira – modelos mais antigos do eletrodoméstico podem ter o reservatório na parte de trás.
8. Utilizando a parte mais áspera da bucha, esfregue muito bem o fundo e as laterais de potes de água oferecidos a animais, assim como qualquer outro apetrecho usado para guardar água.
9. Na área de serviço, mantenha baldes e outros utensílios virados com a boca para baixo.
10. Estique ao máximo as lonas usadas para cobrir objetos, evitando a formação de poças d’água em caso de chuva.
11. Mantenha em dia a manutenção de piscinas. Os cuidados semanais incluem sanitização da água com cloro e a limpeza das bordas.
Dicas extras para reforçar o cuidado com a sua família:
- Instale barreiras físicas, como telas nas janelas e portas, além de mosquiteiros em cima de camas e berços.
- Caso seja possível, use roupas claras e que cubram boa parte do corpo.
- Aplique repelente na parte da pele que ficar exposta e, também, por cima da própria roupa. Grávidas estão liberadas para usar o produto, desde que esteja registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já os menores de 2 anos não podem usar repelentes à base de DEET; para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração da substância não pode ultrapassar os 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia.
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