Saúde • 09:39h • 07 de setembro de 2025
Como agir no retorno após a lesão para evitar novos incidentes
Especialista explica que critérios objetivos, progressão por fases e suporte psicológico são fundamentais para garantir segurança no retorno ao esporte ou ao trabalho
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Midiaria | Foto: Divulgação

Voltar às atividades depois de uma lesão exige mais do que respeitar prazos. O processo deve seguir critérios objetivos, fases bem definidas e avaliações frequentes, além de contar com suporte psicológico. Essa abordagem reduz o risco de novos incidentes e favorece uma recuperação sólida, tanto para atletas quanto para trabalhadores em diferentes áreas.
Um dos parâmetros usados é o Limb Symmetry Index (LSI), que avalia a simetria entre os membros. O lado lesionado deve alcançar pelo menos 90% da performance em relação ao lado saudável, considerando testes de força e saltos. No entanto, esse índice não pode ser analisado isoladamente, já que precisa ser associado a outros testes e à avaliação clínica.
Pesquisas mostram que crianças e jovens que retornam rapidamente a esportes de alto impacto apresentam risco de reincidência de até 20%. Para reduzir esse número, especialistas defendem um protocolo de retorno gradual, com progressão por fases.
“O paciente deve primeiro recuperar a mobilidade e reduzir dor e inchaço. Depois, é preciso recondicionar força, resistência e controle do movimento. Só então vem o treino técnico sem contato e, por fim, treinos com contato controlado, sempre observando sinais de intolerância, como dor, queda de performance ou novo inchaço”, explica o Dr. Geovany Rennó, médico do esporte e cofundador da clínica Player.
A avaliação costuma incluir testes de força isocinéticos, hop tests (saltos unilaterais), testes de equilíbrio e escalas de confiança, como o ACL-RSI, que mede a segurança psicológica do paciente para voltar às atividades. A combinação desses dados com observação funcional e relato do paciente é a forma mais segura de tomar decisões.
Prazo não é regra
De acordo com o Dr. Geovany, não existe prazo fixo para o retorno. Nas lesões musculares, por exemplo, o tempo varia conforme a resposta individual e a evolução clínica, funcional e de imagem. Em casos de tendinopatia, o esporte praticado também deve ser considerado, já que as exigências físicas de um jogador de futebol são diferentes das de um tenista.
O papel da saúde mental
O medo de voltar, a falta de confiança e expectativas irreais podem comprometer a recuperação. Por isso, o suporte psicológico é parte essencial da reabilitação. “O retorno seguro não é definido pelo calendário, mas por marcos físicos, funcionais e mentais que precisam ser avaliados de forma integrada. Só assim conseguimos proteger a saúde e minimizar recaídas”, reforça o especialista.
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