Variedades • 18:31h • 21 de outubro de 2025
Como a vida digital tem redefinido nossas relações e formas de aprender
Especialista analisa como a cibercultura e a inteligência artificial transformaram a sociabilidade, educação e presença social no mundo conectado
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

A vida contemporânea já não se separa do digital. Se antes “entrávamos” na internet, hoje é ela que permeia todos os aspectos do cotidiano — das relações pessoais às práticas profissionais, dos espaços de convivência aos ambientes de aprendizagem. Essa integração constante entre o humano e o tecnológico define a cibercultura, conceito que amplia possibilidades de interação, mas também provoca novos questionamentos sobre privacidade, pertencimento e convivência com a inteligência artificial.
Segundo a professora Patrícia Bassani, doutora em Informática na Educação, os conceitos de cibercultura e sociedade em rede evoluem conforme a tecnologia avança. “Isso nos obriga a repensar não apenas as teorias, mas também as práticas sociais e educacionais”, afirma.
Entre os fenômenos mais marcantes da era digital estão a cultura da conectividade, impulsionada pela internet dos dados, das coisas e até dos corpos, e os ambientes colaborativos em rede, que hoje se consolidam como espaços de aprendizagem e sociabilidade. Patrícia explica que a preferência por determinados ambientes digitais está diretamente ligada à noção de presença social — o quanto um espaço virtual é capaz de acolher, estimular e promover o engajamento entre os participantes.
Professora da disciplina de Cibercultura e Sociabilidade no programa de Mestrado em Educação da American Global Tech University (AGTU), Patrícia destaca que compreender esses fenômenos é essencial não apenas no campo acadêmico, mas em todas as áreas profissionais. “Em um mundo onde redes sociais, plataformas digitais e IA moldam práticas e comportamentos, refletir sobre esses fenômenos é compreender melhor o presente e os caminhos futuros da sociedade.”
Experiências imersivas e interação com a IA
Recursos como realidade virtual, aumentada e metaverso deixaram de ser apenas ferramentas de entretenimento e se tornaram ambientes de produção de conhecimento e convivência. Segundo Patrícia, essas tecnologias ampliam as formas de aprender e interagir, redefinindo o conceito de sociabilidade digital.
A pesquisadora ressalta ainda que não há como discutir cibercultura sem incluir a inteligência artificial como parte desse ecossistema. “A interação entre humanos e não humanos traz tanto desafios quanto oportunidades. Não é uma disputa entre nós e as máquinas, mas uma construção conjunta. O ponto central é entender como podemos criar com elas, e não contra elas”, conclui.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Mundo
Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda
Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo