Ciência e Tecnologia • 19:46h • 05 de novembro de 2025
Cometa 3I/ATLAS se aproxima da Terra e revela segredos de outros sistemas estelares
Fenômeno astronômico pode ter interação inédita com a sonda Europa Clipper nesta quinta-feira, marcando o primeiro encontro direto com um corpo vindo de fora do Sistema Solar
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Urania Planetário | Foto: Divulgação
Depois de Oumuamua (2017) e Borisov (2019), a humanidade registra a chegada de um novo visitante vindo das profundezas do espaço interestelar: o cometa 3I/ATLAS. Diferente das teorias apocalípticas que cercaram seus antecessores, o fenômeno representa uma oportunidade científica rara e nenhuma ameaça à Terra.
Descoberto em julho de 2025 pela rede de telescópios ATLAS, no Chile, o 3I/ATLAS atingiu o periélio, ponto mais próximo do Sol, no final de outubro. À medida que se aproximou, o calor solar fez seu núcleo de gelo e poeira sublimar, criando uma coma brilhante e caudas luminosas que confirmaram sua natureza cometária. Longe de qualquer origem artificial, trata-se de um mensageiro cósmico genuíno, vindo de outro sistema estelar.
Cometas interestelares como o 3I/ATLAS são cápsulas do tempo formadas há mais de 4,6 bilhões de anos, preservando a química primordial de outros sistemas planetários. Estudá-los ajuda os cientistas a compreender como compostos orgânicos essenciais à vida, como água e aminoácidos, podem ter viajado entre estrelas e semeado planetas jovens, como a própria Terra.
Até quinta-feira, 6 de novembro, a sonda Europa Clipper, da NASA, poderá cruzar a cauda iônica do 3I/ATLAS. Caso o encontro seja confirmado, será o primeiro contato direto de uma espaçonave com um objeto interestelar, um marco histórico na exploração científica do cosmos.
Para os astrônomos, o 3I/ATLAS é uma ponte entre mundos: uma amostra autêntica de matéria formada em torno de outra estrela que atravessou o espaço galáctico até o Sistema Solar. Longe de representar perigo, o cometa oferece uma janela inédita para compreender a origem dos planetas, das moléculas e, possivelmente, da própria vida.
Quem quiser acompanhar análises e atualizações sobre o fenômeno pode assistir às lives semanais da Urânia Planetário, realizadas todas as terças-feiras, às 19h30, no canal oficial no YouTube.
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