Ciência e Tecnologia • 12:11h • 25 de março de 2025
Comer ovos regularmente pode reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares em idosos
Estudo mostra que consumir ovos 1-6 vezes por semana está associado a uma redução de 29% no risco de morte por doenças cardiovasculares em idosos saudáveis
Da Redação | Com informações da Universidade de Monash | Foto: Arquivo

Uma nova pesquisa liderada pela Universidade de Monash sugere que comer ovos de 1 a 6 vezes por semana pode reduzir significativamente o risco de morte relacionada a doenças cardiovasculares (DCV) em idosos relativamente saudáveis. O estudo, publicado no Journal Nutrients, destaca que a ingestão regular de ovos também está associada a uma redução de 15% no risco de morte por todas as causas.
O estudo analisou dados de 8.756 adultos com 70 anos ou mais, que participaram do sub-estudo do Estudo Longitudinal de Pessoas Idosas (ALSOP), coletando informações sobre sua ingestão de ovos. Os pesquisadores compararam os riscos de mortalidade entre os participantes que consumiam ovos raramente ou nunca (até duas vezes por mês), semanalmente (1-6 vezes/semana) e diariamente.
De acordo com os resultados, aqueles que comiam ovos regularmente (de 1 a 6 vezes por semana) apresentaram um risco 15% menor de morte por todas as causas e um risco 29% menor de morte por doenças cardiovasculares, em comparação com os que raramente consumiam ovos.
Ovos: Uma fonte acessível de nutrientes essenciais
Os ovos são um alimento denso em nutrientes e uma excelente fonte de proteínas e outros nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B, folato, ácidos graxos insaturados, vitaminas lipossolúveis (E, D, A e K), colina e vários minerais e oligoelementos. O estudo enfatiza que os ovos são uma opção acessível de nutrição para os idosos, que podem enfrentar desafios no acesso a outras fontes de proteína devido ao envelhecimento.
O professor Holly Wild, candidato a PhD da Universidade de Monash e primeiro autor do estudo, explicou que os ovos não são apenas uma fonte nutritiva, mas também uma escolha prática para a alimentação de adultos mais velhos. “Eles são facilmente digeridos e podem desempenhar um papel crucial no fortalecimento da saúde geral e na prevenção de doenças”, afirmou Wild.
Ovos e a qualidade da dieta
O estudo também explorou a relação entre o consumo de ovos e a mortalidade em diferentes níveis de qualidade da dieta. Para os idosos com dietas moderadas a de alta qualidade, o consumo regular de ovos foi associado a uma redução de 33% e 44% no risco de morte relacionada a doenças cardiovasculares, respectivamente. Isso sugere que a adição de ovos a dietas equilibradas pode potencializar os benefícios à saúde e melhorar a longevidade.
Diretrizes alimentares e segurança no consumo de ovos
A pesquisa corrobora as diretrizes dietéticas de diversas organizações de saúde. A Associação Americana do Coração (AHA) recomenda que adultos com colesterol normal possam consumir até sete ovos por semana, enquanto alguns países europeus sugerem limitar o consumo a 3-4 ovos semanais. A AHA também endossa até dois ovos por dia para idosos com colesterol normal, indicando a segurança do consumo de ovos em quantidades moderadas.
Além disso, o estudo revela que mesmo em indivíduos com dislipidemia (colesterol elevado), o consumo semanal de ovos está relacionado a uma redução de 27% no risco de morte por doenças cardiovasculares, sugerindo que, para essa população, os ovos podem ter benefícios sem aumentar os riscos para a saúde.
Implicações para a saúde pública
Os resultados da pesquisa indicam que consumir até seis ovos por semana pode reduzir significativamente o risco de morte por doenças cardiovasculares e melhorar a longevidade em adultos mais velhos. Esses achados são promissores no desenvolvimento de diretrizes dietéticas baseadas em evidências para idosos, oferecendo uma solução simples e acessível para promover a saúde e prevenir doenças crônicas.
O estudo abre portas para futuras pesquisas sobre como o consumo de ovos pode beneficiar a saúde pública, principalmente em populações vulneráveis como os idosos, e reforça a importância de uma dieta equilibrada e bem planejada para garantir uma vida longa e saudável. O artigo completo pode ser lido aqui.
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