Saúde • 19:21h • 01 de setembro de 2025
Coceira nos olhos: sete doenças que podem estar por trás do sintoma
Oftalmologista explica sintomas adicionais e orienta quando é hora de procurar ajuda médica
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da SemFronteiras Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Coçar os olhos é um ato comum, muitas vezes feito de forma involuntária. Em situações simples, pode estar relacionado à presença de um cisco, poeira ou contato com fatores irritantes como fumaça, pólen e pelos de animais. No entanto, o hábito de friccionar os olhos pode trazer consequências sérias. Segundo Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), o atrito pode causar inflamações e, em casos extremos, até descolamento da retina.
A coceira ocular, quando constante e acompanhada de outros sintomas, pode ser um alerta de problemas de saúde que exigem atenção especializada. “Ao perceber que a coceira persiste, o paciente deve agendar uma consulta com oftalmologista e, dependendo do caso, procurar um pronto-atendimento oftalmológico”, orienta o especialista.
Confira sete condições que podem ter a coceira nos olhos como um de seus principais sintomas:
1. Alergia: A conjuntivite alérgica é uma das causas mais comuns de coceira ocular. É desencadeada por fatores ambientais, como poeira, fumaça, pólen ou pelos de animais, ou até por alimentos. Os sintomas associados incluem vermelhidão, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, espirros constantes e nariz escorrendo.
2. Uso de lentes de contato: O uso prolongado das lentes pode ressecar os olhos e acumular resíduos, causando irritação. Para evitar complicações, é essencial respeitar o tempo recomendado de uso, realizar a limpeza correta e nunca dormir com as lentes.
3. Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva, a conjuntivite pode ser viral, bacteriana ou alérgica. Além da coceira intensa, provoca vermelhidão, dor, inchaço, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos. Pode começar em um olho e atingir o outro em seguida, sendo altamente contagiosa.
4. Síndrome do olho seco: Caracterizada pela baixa produção ou rápida evaporação das lágrimas, a síndrome do olho seco é agravada por fatores como envelhecimento, menopausa, excesso de telas e ambientes com ar-condicionado. Os sintomas vão além da coceira, incluindo queimação, visão embaçada e sensibilidade à luz.
5. Fadiga ocular: Decorrente de longos períodos em frente a telas, leitura em baixa luminosidade ou direção prolongada, a fadiga ocular sobrecarrega os músculos dos olhos. Além da coceira, provoca secura, irritação e inflamação.
6. Terçol: Popularmente associado a crenças populares, o terçol é, na verdade, uma inflamação de glândulas da pálpebra, causada por bactérias, seborreia ou acne. Surge como um pequeno caroço dolorido, acompanhado de coceira, inchaço e sensibilidade, e costuma regredir sozinho após alguns dias.
7. Blefarite: Trata-se de uma inflamação nas pálpebras, geralmente ligada a infecções bacterianas, alergias, rosácea ou mau funcionamento das glândulas oculares. Entre os sintomas estão descamação da pele ao redor dos olhos, lacrimejamento, queimação, sensação de areia nos olhos e até queda frequente dos cílios.
O que fazer diante da coceira nos olhos?
Henrique Rocha recomenda que o paciente evite coçar os olhos, utilize compressas frias para aliviar o desconforto e faça uso de colírios lubrificantes ou antialérgicos somente com prescrição médica. Também é importante identificar e evitar o contato com possíveis alérgenos. “Se os sintomas persistirem, é fundamental buscar avaliação médica para garantir um diagnóstico preciso e tratamento adequado”, reforça o oftalmologista.
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