Saúde • 16:10h • 25 de dezembro de 2025
Cinco cuidados essenciais com a saúde das crianças durante as férias
Pediatra alerta para riscos como desidratação, queimaduras solares e acidentes domésticos no período de calor e maior exposição
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Central Press | Foto: Arquivo/Âncora1
Com a chegada das férias escolares e das altas temperaturas, aumenta o tempo que crianças passam em passeios, viagens e atividades ao ar livre, o que amplia a exposição a riscos à saúde. Desidratação, insolação, infecções virais e acidentes domésticos estão entre os problemas mais comuns nesse período. Estudos indexados no PubMed indicam que ondas de calor afetam especialmente crianças menores de 9 anos, com aumento de até 4,6% nas internações a cada elevação de 5 °C na temperatura média.
A pediatra Andrea Dambroski, do Departamento de Saúde Escolar dos colégios da Rede Positivo, destaca que prevenção e supervisão são fundamentais durante as férias. “É um período em que a rotina muda, as crianças ficam mais tempo fora de casa ou circulam mais dentro dela. Por isso, os cuidados precisam ser redobrados”, afirma. A seguir, a especialista elenca os principais riscos e orientações para garantir férias mais seguras.
1. Desidratação
Manter a hidratação adequada é essencial no verão, sobretudo porque crianças pequenas perdem mais líquido pelo suor e, muitas vezes, não pedem água enquanto brincam. A orientação é oferecer líquidos com frequência, mesmo sem solicitação.
Urina escura, sonolência, lábios secos e redução das micções podem indicar desidratação. Em quadros de vômitos ou diarreia, o soro de reidratação oral pode ser administrado em pequenas quantidades ao longo do dia. Sinais como olhos fundos, apatia ou queda acentuada da urina exigem avaliação médica.
2. Insolação
A insolação é mais frequente após longos períodos de exposição ao sol intenso. A recomendação é evitar atividades ao ar livre entre 10h e 16h e aplicar protetor solar pelo menos 30 minutos antes da exposição.
Roupas leves, chapéu, pausas na sombra e moderação nas atividades físicas ajudam na prevenção. Pele muito quente, vômitos persistentes, confusão mental ou desmaios são sinais de alerta que exigem atendimento imediato.
3. Queimaduras solares
A fotoproteção diária é indispensável. Queimaduras solares podem causar dor, bolhas e aumentar o risco de câncer de pele ao longo da vida. Bebês menores de 6 meses devem ser protegidos principalmente com sombra, roupas adequadas e chapéu.
Para crianças maiores, o protetor solar deve ser apropriado para a faixa etária, com FPS acima de 30, reaplicado a cada duas horas ou após contato com água. “Existem produtos específicos para cada idade, o que reduz o risco de alergias e reações adversas”, orienta a pediatra.
4. Gastroenterites e vírus respiratórios
O calor e os ambientes coletivos favorecem a circulação de vírus gastrointestinais e respiratórios. Medidas simples, como lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados e evitar contato com pessoas doentes, ajudam a reduzir o risco de infecção.
Em viagens e passeios, o consumo de alimentos fora de casa aumenta. A orientação é optar por locais confiáveis, priorizar alimentos bem cozidos e evitar itens que exigem refrigeração constante, como laticínios e ovos. Planejar lanches saudáveis e manter boa hidratação também contribui para a prevenção.
Antes de viajar, é importante verificar se a caderneta de vacinação está atualizada. Em viagens internacionais, recomenda-se checar as exigências específicas do destino.
5. Acidentes domésticos
Durante as férias, aumentam os acidentes em casa, como quedas, queimaduras, afogamentos e ingestão de substâncias tóxicas. Muitas situações podem ser evitadas com medidas simples, como proteger tomadas, manter medicamentos e produtos de limpeza fora do alcance, instalar telas em janelas e sacadas, virar cabos de panelas para dentro do fogão, evitar líquidos quentes perto das crianças e nunca deixá-las sem supervisão de um adulto.
Quando buscar atendimento médico
Os responsáveis devem procurar atendimento sempre que a criança apresentar vômitos persistentes, diarreia com sangue, dificuldade respiratória, febre alta que não cede, prostração, convulsões ou sinais de desidratação intensa. “Nessas situações, manter a calma e buscar ajuda médica o quanto antes é fundamental”, reforça a especialista.
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