Saúde • 16:19h • 26 de setembro de 2024
Cigarros eletrônicos e saúde mental: o que a Alesp está fazendo para proteger os adolescentes
Especialistas alertam para riscos do cigarro eletrônico e reforçam importância de políticas públicas para o bem-estar mental da juventude paulista
Da Redação | Com informações da Alesp | Foto: Divulgação
Na última segunda-feira (23), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sediou um importante debate voltado à saúde de crianças e adolescentes. Promovido pela deputada estadual Marina Helou (Rede), o evento no auditório Teotônio Vilela reuniu especialistas para discutir o uso crescente de cigarros eletrônicos entre jovens e os desafios relacionados à saúde mental dessa faixa etária.
O encontro foi dividido em duas mesas de discussão. A primeira abordou o aumento preocupante do uso de cigarros eletrônicos nas escolas e entre adolescentes. A coordenadora estadual do Programa Nacional de Controle do Tabagismo de SP, Sandra Marques, destacou a "renormalização" do fumo entre os jovens, que veem os dispositivos como uma alternativa moderna e menos prejudicial, apesar dos graves riscos à saúde. Segundo Marques, o cigarro eletrônico reintroduziu um problema que o Brasil havia controlado com sucesso no passado.
Especialistas enfatizaram a necessidade de medidas preventivas, como campanhas educativas, controle rígido da venda e restrições publicitárias sobre esses dispositivos, que estão atraindo cada vez mais jovens.
Saúde mental em foco
A segunda mesa tratou da saúde mental dos adolescentes, um tema que tem se tornado cada vez mais relevante com o aumento dos casos de ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais. Marina Helou defendeu que a promoção da saúde mental deve ir além do atendimento clínico, incentivando atividades como esportes, artes e o desenvolvimento de novas habilidades como parte de uma estratégia abrangente para melhorar o bem-estar dos jovens.
Mesa composta no evento | Foto: Marco A. Cardelino
"A promoção da saúde mental passa pela oferta de esportes, artes, da possibilidade de novos aprendizados e também de pertencimento. Precisamos garantir que nossas crianças e adolescentes tenham acesso a esses direitos para fortalecer sua saúde mental", destacou a deputada.
O evento também discutiu o Projeto de Lei n° 293/2024, coautorado por Helou, que propõe a proibição do uso de celulares em escolas da rede pública e privada, visando reduzir distrações e melhorar o ambiente escolar, o que pode ter um impacto positivo na saúde mental dos estudantes.
Deputada Marina Helou (Rede) | Foto: Marco A. Cardelino
Novas iniciativas
O encontro reforçou o compromisso da Alesp em abordar questões que afetam a juventude, buscando soluções legislativas e promovendo debates que visem garantir a saúde integral dos adolescentes. O evento trouxe à tona novas propostas, como o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o combate ao uso de cigarros eletrônicos e o fortalecimento de iniciativas que ofereçam suporte emocional e psicológico à juventude paulista.
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