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Ciência e Tecnologia • 11:03h • 16 de março de 2025

Cientistas descobrem como a fumaça do cigarro afeta células que protegem os pulmões

Pesquisadores australianos revelam como a fumaça do cigarro e dos cigarros eletrônicos altera a função de células imunes essenciais, impactando a saúde pulmonar e exacerbando doenças como DPOC

Da Redação | Com informações da Universidade de Monash | Foto: Divulgação

Cientistas descobrem como a fumaça do cigarro prejudica células imunes pulmonares e aumenta o risco de doenças respiratórias
Cientistas descobrem como a fumaça do cigarro prejudica células imunes pulmonares e aumenta o risco de doenças respiratórias

Pesquisadores australianos recentemente desvendam um mecanismo crucial que explica como a fumaça do cigarro prejudica a função imunológica nos pulmões e contribui para doenças respiratórias graves. O estudo, publicado no Journal of Experimental Medicine (JEM), revela como substâncias químicas presentes tanto no cigarro convencional quanto no cigarro eletrônico alteram a atividade das células T invariante associadas à mucosa (MAIT), um tipo essencial de célula imune que protege os pulmões contra infecções.

A pesquisa foi conduzida por cientistas do Monash Biomedicine Discovery Institute, da Universidade de Monash, com a colaboração de especialistas de diversas universidades da Austrália. O estudo mostrou como as células MAIT, que desempenham um papel fundamental na defesa do corpo contra bactérias e vírus, ficam comprometidas pela fumaça do cigarro.

O impacto da fumaça nas células MAIT

As células MAIT são ativadas por uma proteína chamada MR1, que está presente em quase todas as células do corpo. Essa proteína reconhece produtos químicos produzidos por bactérias e os apresenta às células MAIT para iniciar uma resposta imune. No entanto, os pesquisadores descobriram que componentes da fumaça do cigarro podem se ligar à proteína MR1, interferindo na função dessas células imunológicas. Essa disfunção faz com que as células MAIT não desempenhem sua função de defesa adequadamente, tornando os fumantes mais suscetíveis a infecções respiratórias.

O estudo também mostrou que ratos expostos repetidamente à fumaça do cigarro tiveram uma função celular MAIT reduzida e maior predisposição a desenvolver doenças pulmonares, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que é caracterizada por inflamação crônica nas vias respiratórias e é uma das principais causas de morte em todo o mundo.

Uma descoberta crucial para o tratamento da DPOC e outras doenças pulmonares

O câncer de pulmão, a DPOC e outras doenças respiratórias inflamatórias têm sido áreas de estudo difíceis devido à falta de tratamentos eficazes. O estudo revela que os fumantes, bem como aqueles expostos ao fumo passivo, têm suas defesas naturais comprometidas, o que contribui para a gravidade dessas condições. Embora a DPOC seja tratada com terapias como a quimioterapia e a terapia hormonal, muitos pacientes ainda sofrem de efeitos colaterais debilitantes.

"Os componentes da fumaça do cigarro não apenas afetam a ativação das células MAIT, mas também aumentam a vulnerabilidade do pulmão a infecções. Isso demonstra como o tabagismo pode piorar a progressão da DPOC e outras doenças pulmonares", afirmou o Dr. John Scott, um dos principais pesquisadores do estudo.

Avanços no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes

Agora que os cientistas entenderam melhor como a fumaça do cigarro afeta as células imunológicas nos pulmões, eles estão mais perto de desenvolver tratamentos direcionados que possam restaurar ou reforçar a função das células MAIT. A próxima etapa da pesquisa será estudar mais profundamente os mecanismos celulares envolvidos e identificar formas de reverter ou minimizar os danos causados pela fumaça do cigarro.

"Compreender como esses processos afetam a proteção pulmonar abre portas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes, com menos efeitos colaterais, para doenças pulmonares associadas ao tabagismo", concluiu o professor Jamie Rossjohn, co-líder do estudo.

A pesquisa revela não apenas os impactos diretos da fumaça no sistema imunológico, mas também destaca a importância de conscientizar sobre os riscos do tabagismo e a necessidade urgente de estratégias mais eficazes para o tratamento de doenças respiratórias, especialmente a DPOC.

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