Esporte • 17:11h • 14 de julho de 2025
Ciclismo reduz risco de Alzheimer em até 22%, revela estudo
Estudo mostra que pedalar diminui em até 22% as chances de desenvolver a doença; especialistas detalham 12 fatores que aumentam o risco
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Digital Trix | Foto: Divulgação

O Alzheimer é uma das doenças que mais preocupa especialistas em saúde pública no mundo. Mas uma boa notícia surge com o avanço dos estudos: hábitos saudáveis podem reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Um exemplo é o ciclismo.
Um estudo recente publicado na JAMA Network Open acompanhou cerca de 480 mil pessoas no Reino Unido durante 13 anos. Os resultados mostraram que quem usa a bicicleta como meio de transporte tem 19% menos chance de desenvolver demência em geral e 22% menos risco de Alzheimer, em comparação com quem permanece imóvel no trajeto diário.
Segundo o estudo, exames de ressonância magnética também revelaram que ciclistas têm um hipocampo, área vital para memória e aprendizado, maior, evidenciando o impacto positivo do exercício no cérebro. Em pessoas sem a variante genética de risco APOE E4, os benefícios são ainda mais expressivos: redução de 26% no risco de demência e 25% para Alzheimer.
A endocrinologista Alessandra Rascovski explica que o estilo de vida tem um papel fundamental na saúde do cérebro. Além do ciclismo e de outras formas de atividade física, há uma série de fatores de risco comportamentais e clínicos que podem aumentar as chances de desenvolver Alzheimer.
Os 12 fatores que aumentam o risco de Alzheimer
- Hipertensão: controlar a pressão arterial é uma das medidas mais eficazes. O ideal é manter até 13 por 9, reduzindo riscos não só para o cérebro, mas também para o coração.
- Obesidade e sedentarismo: manter o peso saudável e praticar exercícios regularmente é essencial para diminuir as chances da doença.
- Diabetes: exige controle rigoroso, incluindo alimentação saudável e uso correto de medicação.
- Tabagismo e alcoolismo: fumar ou beber em excesso aumenta significativamente o risco.
- Isolamento social e depressão: manter vínculos sociais e buscar ajuda para saúde mental é fundamental.
- Perda auditiva: sem correção, aumenta em mais de 40% o risco de demência.
- Poluição do ar: um fator de risco importante, especialmente em países em desenvolvimento.
- Baixa escolaridade: menos estímulo cognitivo, principalmente até os 12 anos, eleva o risco.
- Traumatismo craniano: acidentes e esportes de impacto exigem atenção redobrada.
- Colesterol alto: principalmente o LDL elevado em adultos jovens, que pode aumentar em 8% as chances de demência.
- Problemas de visão: perdas visuais evitáveis devem ser corrigidas para garantir bom processamento cerebral.
A Lancet Commission, ligada à Alzheimer’s Society, incluiu colesterol alto e problemas de visão como novos fatores de risco reconhecidos recentemente.
De acordo com dados do Relatório Nacional sobre Demência do Ministério da Saúde, cerca de 8,5% dos brasileiros com mais de 60 anos sofrem da doença. A previsão é que o número de pessoas com demência no Brasil salte para 2,78 milhões até o fim desta década e 5,5 milhões até 2050.
Para Alessandra, a boa notícia é que cerca de 40% dos casos podem ser prevenidos com mudanças de hábitos. “O cérebro não está alheio à saúde do corpo. Controlar fatores como hipertensão, diabetes, alimentação, sono, estresse e manter atividades sociais são estratégias poderosas para reduzir o risco”, finaliza.
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