Saúde • 09:18h • 29 de setembro de 2025
“Chip da beleza”: gestrinona só deve ser usada sob prescrição médica e com finalidade terapêutica
Hormônio conhecido como “chip da beleza” tem indicação apenas para o tratamento de patologias ginecológicas, alerta especialista
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da AFonte Comunica | Foto: Arquivo/Âncora1

Popularmente chamado de “chip da beleza”, o implante de gestrinona ganhou fama por supostas vantagens estéticas, como ganho de massa magra, redução de gordura, melhora da flacidez e da celulite. No entanto, especialistas alertam que o hormônio não deve ser utilizado com esse objetivo. Sua indicação é restrita ao tratamento de doenças ginecológicas específicas.
A gestrinona é um progestógeno sintético com ação antiestrogênica e androgênica, prescrito no combate a condições como endometriose, miomatose, adenomiose, metrorragia e mastalgia. O implante é inserido sob a pele, em consultório médico, com anestesia local, e pode ser absorvível (duração de seis meses) ou não absorvível (necessita retirada após um ano).
Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, a melhora percebida em alguns aspectos corporais ocorre como consequência do tratamento adequado dessas patologias. “A prescrição correta da gestrinona se dá quando a paciente apresenta sangramentos ou dores contínuas. Ao interromper a ovulação, o hormônio tende a cessar o sangramento, melhorar a anemia e reduzir as dores, o que impacta diretamente na qualidade de vida da mulher”, explica.
A médica ressalta que cada caso exige avaliação individualizada. “O histórico clínico e a condição de saúde da paciente são determinantes para a definição da substância e da dosagem. O uso inadequado, em excesso, pode trazer efeitos colaterais evidentes. Quando bem indicado, o implante pode transformar a vida da paciente”, conclui.
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