• Futebol Americano: Assis Captains abre recrutamento para novos atletas neste domingo na ADPM
  • Assis recebe a 3ª Copa de Xadrez no dia 4 de outubro; inscrições estão abertas
  • Maracaí escolhe a nova Rainha do Rodeio neste sábado na Praça da Matriz
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 13:22h • 19 de abril de 2025

CFM veta terapia hormonal para menor de 18 anos e restringe cirurgias

Resolução foi publicada no Diário Oficial da União

Agência Brasil | Foto: CFM/Divulgação

Já a disforia de gênero é definida pelo documento como grave desconforto ou sofrimento causado pela incongruência de gênero.
Já a disforia de gênero é definida pelo documento como grave desconforto ou sofrimento causado pela incongruência de gênero.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou na quarta-feira (16), no Diário Oficial da União, resolução que revisa critérios éticos e técnicos para o atendimento a pessoas com incongruência e/ou disforia de gênero.

O texto define como incongruência de gênero uma discordância acentuada e persistente entre o gênero vivenciado por um indivíduo e o sexo atribuído, sem necessariamente implicar sofrimento.

Já a disforia de gênero é definida pelo documento como grave desconforto ou sofrimento causado pela incongruência de gênero.

Bloqueadores hormonais

O texto veta aos médicos a possibilidade de prescrever bloqueadores hormonais para tratamento de incongruência de gênero ou disforia de gênero em crianças e adolescentes.

“A vedação não se aplica a situações clínicas reconhecidas pela literatura médica, como puberdade precoce ou outras doenças endócrinas, nas quais o uso de bloqueadores hormonais é cientificamente indicado.”

Terapia hormonal

A terapia hormonal cruzada (administração de hormônios sexuais para induzir características secundárias condizentes com a identidade de gênero do paciente) passa a ser permitida somente para pessoas com 18 anos ou mais.

De acordo com a publicação, o paciente que optar por terapia hormonal cruzada deverá:

  • iniciar avaliação médica, com ênfase em acompanhamento psiquiátrico e endocrinológico por, no mínimo, um ano antes do início da terapia hormonal;

  • obter avaliação cardiovascular e metabólica com parecer médico favorável antes do início do tratamento;

  • não apresentar doença psiquiátrica grave, além da disforia, ou qualquer outra doença que contraindique a terapia hormonal cruzada.

Cirurgias de redesignação

A resolução também restringe o acesso a cirurgias de redesignação de gênero para pessoas transgênero antes dos 18 anos e, nos casos em que o procedimento implicar potencial efeito esterilizador, antes de 21 anos.

“Os procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero previstos nesta resolução somente poderão ser realizados após acompanhamento prévio de, no mínimo, um ano por equipe médica.”

Serviços que realizam esse tipo de procedimento cirúrgico deverão, obrigatoriamente, cadastrar os pacientes e assegurar a disponibilização dessas informações aos conselhos regionais de medicina da jurisdição em que estiverem sediados.

Arrependimento

Em casos de arrependimento ou da chamada destransição, o texto prevê que o médico ofereça acolhimento e suporte, avaliando o impacto físico e mental e, quando necessário, redirecionando o paciente a especialistas adequados.

Atendimento clínico

De acordo com o CFM, indivíduos transgêneros que conservem órgãos correspondentes ao sexo biológico devem buscar atendimento preventivo ou terapêutico junto a especialista adequado.

“Homens transgêneros que mantenham órgãos biológicos femininos devem ser acompanhados por ginecologista. Mulheres transgêneros com órgãos biológicos masculinos devem ser acompanhadas por urologista.”

Validade

As novas regras não se aplicam a pessoas que já estejam em uso de terapia hormonal ou bloqueadores da puberdade.

Análise

Em entrevista coletiva, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, ressaltou que a resolução foi aprovada por unanimidade pelo plenário da entidade. “Todos os 28 conselheiros presentes aprovaram essa resolução”, disse.

O médico ginecologista Rafael Câmara, conselheiro pelo estado do Rio de Janeiro e um dos relatores da resolução, destacou que se trata de um tema em que as evidências e os fatos mudam a todo instante. “É natural que essas resoluções sejam alteradas”.

Ao tratar da vedação da terapia hormonal cruzada para menores de 18 anos, ele lembrou que a resolução anterior do CFM estabelecia 16 anos como a idade mínima para a administração de hormônios sexuais com essa finalidade.

“Não é algo inócuo”, disse, ao citar riscos como o aumento de doenças cardiovasculares e hepáticas, incluindo câncer; fertilidade reduzida; calvície e acne, no caso da testosterona; e problemas tromboembólicos e câncer de mama, no caso do estrogênio.

Sobre bloqueadores hormonais, o médico destacou que o uso desse tipo de terapia, no intuito de suprimir a puberdade em crianças e adolescentes, é motivo de discussões e questionamentos frequentes.

Câmara lembrou que, em abril do ano passado, o Reino Unido aboliu o uso de bloqueadores sexuais. Segundo ele, Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca, “países com sistemas de saúde fortes e de tendência progressista”, também proibiram a terapia.

“A exposição a hormônios sexuais é importante para a resistência óssea, para o crescimento adequado e para o desenvolvimento de órgãos sexuais”, disse, ao citar, entre as consequências, densidade óssea comprometida, altura alterada e fertilidade reduzida.

O médico ressaltou que a vedação do uso de bloqueadores não se aplica a situações clínicas reconhecidas pela literatura médica nas quais o uso é cientificamente comprovado, incluindo quadros de puberdade precoce e doenças endócrinas.

Na coletiva, Câmara citou ainda o aumento de relatos de arrependimento de transição e mesmo de destransição sexual desde 2020, o que levou diversos países a revisarem seus protocolos para lidar com a incongruência e a disforia de gênero.

Outro ponto destacado por ele trata do sobrediagnóstico, sobretudo entre menores de idade. “Mais crianças e adolescentes estão sendo diagnosticados com disforia de gênero e, com isso, levados a tratamentos. Muitos, baseado em estudos, no futuro, poderiam não ser trans, mas simplesmente gays e lésbicas”.

“Estudos mostram que, alguns anos atrás, a tendência, quando se tinha casos diagnosticados [de disforia de gênero], era tentar fazer com que a criança não mantivesse [o quadro]. Hoje, a tendência é fazer um viés de confirmação. Se a criança de 4 anos diz que é trans, muitos serviços acabam mantendo ou estimulando.”

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Esporte • 19:35h • 13 de setembro de 2025

Futebol Americano: Assis Captains abre recrutamento para novos atletas neste domingo na ADPM

Equipe de futebol americano e flag football realiza seletiva gratuita no Clube ADPM, com vagas para homens e mulheres a partir de 13 anos

Descrição da imagem

Cidades • 17:39h • 13 de setembro de 2025

Feira de adoção de animais resgatados acontece neste domingo em Marília

Iniciativa da Entrevias será realizada na Feira Livre da Avenida Sampaio Vidal e reforça a importância da posse responsável

Descrição da imagem

Esporte • 16:57h • 13 de setembro de 2025

Assis recebe a 3ª Copa de Xadrez no dia 4 de outubro; inscrições estão abertas

Competição será realizada no GEMA e reunirá jogadores de várias idades em diferentes categorias

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:11h • 13 de setembro de 2025

Viajantes preferem buscar informações sobre seus próximos destinos nas redes sociais

Levantamento feito pelo Ministério do Turismo em parceria com a empresa Nexus revelou as tendências e percepções do turismo no país

Descrição da imagem

Esporte • 15:29h • 13 de setembro de 2025

Conheça os principais “picos” de surfe no Brasil

Conquista do campeonato mundial da modalidade pelo brasileiro Yago Dora deixa o país ainda mais em evidência no mundo do esporte

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 15:03h • 13 de setembro de 2025

Maracaí escolhe a nova Rainha do Rodeio neste sábado na Praça da Matriz

Evento começa às 20h e será seguido por show da cantora Duda Bertelli

Descrição da imagem

Saúde • 14:42h • 13 de setembro de 2025

Transpirar não é emagrecer: entenda o que o suor realmente significa durante o exercício físico

Uso de roupas pesadas e métodos para aumentar a transpiração pode causar desidratação e riscos à saúde, alerta especialista

Descrição da imagem

Saúde • 14:07h • 13 de setembro de 2025

USP e Ribeirão Preto iniciam aplicação de exame pioneiro contra câncer de colo do útero

Teste molecular identifica o HPV de alto risco e garante acompanhamento precoce, aumentando a chance de cura

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?