Saúde • 14:04h • 04 de janeiro de 2025
Cérebro de pipoca: como evitar a dispersão de pensamentos no trabalho remoto
Com o uso excessivo de redes sociais e tecnologias, profissionais enfrentam dificuldade em manter o foco, especialmente no home office
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa NoAr | Foto: Arquivo/Âncora1
O fenômeno do "cérebro de pipoca" tem ganhado atenção nos últimos anos, descrevendo o processo pelo qual o cérebro alterna rapidamente de um pensamento para o outro, dificultando a concentração e o foco nas atividades. Esse comportamento tem se tornado especialmente comum entre os profissionais que trabalham remotamente, que enfrentam o desafio constante de lidar com as distrações digitais e a presença do celular, tornando-se mais suscetíveis a esse comportamento.
Embora o termo "cérebro de pipoca" não seja um diagnóstico clínico, ele descreve um padrão que afeta a produtividade e o bem-estar das pessoas. De acordo com David Levy, pesquisador da University of Washington, o termo foi cunhado em 2011, e psicólogos americanos atribuem a causa principal desse fenômeno ao uso excessivo de redes sociais e aplicativos, que funcionam como um sistema de recompensas para o cérebro.
Com o aumento do home office, muitos profissionais experimentam dificuldades maiores para manter o foco, principalmente devido ao fácil acesso ao celular e à constante troca de tarefas e informações. A especialista Samyra Ramos, gerente de marketing da fintech Higlobe, destaca que a flexibilidade no trabalho remoto, embora benéfica, também contribui para esse comportamento, resultando em maior procrastinação e até mesmo no aumento do tempo de trabalho.
Sintomas do cérebro de pipoca incluem pensamentos dispersos, dificuldade em completar tarefas, esgotamento mental, sobrecarga cognitiva, e dificuldades em manter a concentração em conversas ou atividades diárias. Quando esses sintomas não são controlados, podem afetar a saúde física, causando dores de cabeça, fadiga e interrupções no sono, entre outros problemas. A psicóloga Gloria Mark aponta que a capacidade de concentração tem diminuído consideravelmente ao longo dos anos, com a média de atenção atual sendo de apenas 47 segundos, muito abaixo dos 2,5 minutos de 20 anos atrás.
Para prevenir esse fenômeno e manter a produtividade, psicólogos recomendam dividir as tarefas cotidianas em pequenas atividades, praticar a meditação, manter uma rotina de sono regular e incluir pausas frequentes durante o uso de telas. Samyra Ramos também sugere estabelecer estratégias como limitar o tempo de tela, manter o celular fora do alcance durante o trabalho e selecionar os objetivos do dia de forma mais consciente. Essas medidas podem ajudar os profissionais a recuperar o foco, melhorar a saúde mental e otimizar o tempo, trazendo mais qualidade de vida.
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