Saúde • 15:03h • 22 de setembro de 2025
Celulite facial: especialistas alertam para riscos de infecção grave após caso Bruna Biancardi
Especialistas explicam que condição é diferente da celulite estética e exige tratamento médico imediato com antibióticos para evitar complicações
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Allure | Foto: Arquivo/Âncora1

Após revelar ter desenvolvido celulite facial, a influenciadora Bruna Biancardi chamou a atenção para uma condição pouco conhecida pelo público. Diferente da celulite estética, comum em coxas e glúteos, a celulite facial é uma infecção bacteriana da pele e do tecido subcutâneo que pode trazer riscos sérios se não for tratada rapidamente.
Segundo a médica Luiza Archer, especialista em dermatologia natural, não há possibilidade de tratar a doença com métodos alternativos. “A celulite facial se instala em camadas profundas da pele, próximas à circulação. Isso aumenta o risco de disseminação da infecção, especialmente no rosto, que está próximo de estruturas nobres como o cérebro”, explica. A especialista relata já ter atendido pacientes com infecções após manipulação de espinhas, casos que só puderam ser controlados com antibióticos.
A dermatologista e alergista Camille Tostes esclarece que a semelhança no nome gera confusão. “A celulite facial é uma infecção bacteriana grave, enquanto a chamada celulite estética é apenas uma alteração da gordura, conhecida como lipodistrofia ginoide. Esta última é uma questão estética, sem riscos à saúde”, afirma.
Sintomas e fatores de risco
Entre os sintomas da celulite facial estão vermelhidão, dor intensa, inchaço, calor local, febre e mal-estar. Sem tratamento imediato, o quadro pode evoluir para abscessos, meningite e até sepse. O tratamento padrão envolve antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade. A recuperação costuma levar de 7 a 14 dias.
Fatores de risco incluem espremer espinhas, cortes ou arranhões na pele, procedimentos mal executados, diabetes descontrolado, baixa imunidade e até infecções dentárias ou sinusites não tratadas. Para prevenção, especialistas recomendam não manipular lesões, cuidar de feridas, manter a pele limpa e buscar atendimento médico diante de sinais suspeitos.
O caso repercutiu amplamente nas redes sociais, reforçando a necessidade de distinguir cuidados estéticos de condições médicas. “A estética importa, mas quando a saúde está em risco, não existe espaço para alternativas que atrasem o diagnóstico e o tratamento”, conclui Luiza Archer.
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