• Simulador de Aposentadorias já teve mais de 500 mil acessos
  • Assis Rugby inicia sua jornada no Campeonato Paulista C de XV 2025 neste sábado
  • Saiba como funciona o SinPatinhas, novo RG Animal para cães e gatos
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 15:16h • 31 de março de 2025

Casos de sarampo preocupam, mas Brasil ainda é país livre da doença

Especialistas alertam para importância da vacinação contra a doença

Agência Brasil | Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

A vacina é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do imunizante Tríplice Viral, que também protege contra a caxumba e a rubéola.
A vacina é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do imunizante Tríplice Viral, que também protege contra a caxumba e a rubéola.

O aumento de casos de sarampo no continente americano acende um alerta para o Brasil, mas, por enquanto, os três casos confirmados aqui não comprometem o certificado de país livre da doença, reconquistado no ano passado.

“Para a gente perder essa recertificação, a gente tem que ter durante um ano, a partir do primeiro caso, cadeias de transmissão com o mesmo genótipo do vírus circulando”, explica a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marilda Siqueira, O laboratório é credenciado como unidade de referência regional para sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por enquanto, o Ministério da Saúde confirmou apenas casos esporádicos: dois no Rio de Janeiro, em bebês gêmeos que ainda não tinham idade para se vacinar, e um no Distrito Federal, em uma mulher adulta que provavelmente foi infectada em uma viagem ao exterior.

Das 110 suspeitas notificadas até o dia 12 de março, 22 ainda estavam em investigação nessa data, de acordo com a última atualização do painel epidemiológico da pasta.

Os casos suspeitos de sarampo são de notificação compulsória, ou seja, devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde. Há um protocolo rígido para quando são confirmados, que inclui a identificação e o monitoramento de todas as pessoas que podem ter sido infectadas pelo doente, e o bloqueio vacinal, que é o reforço da vacinação nos locais que essa pessoa frequentou, como escola e local de trabalho.

"O sarampo é causado por um dos vírus mais infecciosos que existem. Se alguém com sarampo chega em um ambiente com baixa cobertura vacinal, o vírus é transmitido para 17 pessoas, mais ou menos. Já o SARS-CoV, por exemplo, é transmitido para duas pessoas, apesar de ser um vírus que também é muito transmissível”, complementa a chefe do laboratório da Fiocruz.

Casos nas Américas

O risco se intensifica quando há surtos em outros países. Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em 24 de março, aponta que, este ano, 507 casos foram confirmados em outros países do continente, superando a contagem de todo o ano passado. São 301 nos Estados Unidos, com duas mortes; 173 no Canadá; 22 no México e 11 na Argentina. A Opas avalia que o risco de disseminação da doença, com ameaça à saúde, é alto.

O último grande surto vivido no Brasil comprova como os vírus não conhecem fronteiras. Em 2017, o Brasil estava recebendo muitos cidadãos da Venezuela, onde os casos de sarampo estavam altos. No ano seguinte, os registros explodiram nos estados próximos à fronteira, e começaram a surgir também em outros locais.

“Os culpados, por assim dizer, não foram os cidadãos da Venezuela. É porque naquela época nós já estávamos com deficiência na nossa cobertura vacinal. Hoje em dia, com todas as conexões que nós temos, principalmente através da aviação, naturalmente nós esperamos, não só no Brasil, um número de casos importados todos os anos. O que a gente não deve ter é essa grande batalha para que não tenha cadeias de transmissão. A gente tem uma ferramenta poderosa na nossa mão que é a vacina”, lembra Marilda Siqueira.

Vacinação

A vacina contra o Morbilivirus, causador do sarampo, foi desenvolvida na década de 1960, mas a imunização só foi intensificada no Brasil a partir dos anos 1990, quando autoridades de todo o mundo decidiram concentrar esforços no controle da doença, já que a maior preocupação anterior, a poliomielite, havia sido erradicada. Antes disso, o sarampo matava cerca de 2,5 milhões de crianças no mundo por ano.

Atualmente, ela é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do imunizante Tríplice Viral, que também protege contra a caxumba e a rubéola. A primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade, e a segunda, aos 15. Em 2024, o Brasil atingiu a meta de cobertura de 95% na primeira dose, mas menos de 80% dos bebês tomaram a segunda.

“A eficácia dessa vacina é de 93% a 95%, o que significa que 5% a 7% das pessoas não vão responder de forma adequada. Então a gente faz a segunda dose por dois motivos: para evitar essa falha primária e porque, com o passar do tempo, a proteção diminui naturalmente, e o reforço prolonga essa proteção”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

Cunha complementa que o Brasil ainda está superando outro agravante: “Durante a pandemia, caiu muito a cobertura vacinal, então, vamos dizer, se a gente teve 70% de cobertura, significa que 30% daquelas crianças não foram vacinadas no tempo correto. Se elas não foram vacinadas até agora, elas vão engrossar um grupo de suscetíveis.”

Por isso, pessoas de até 59 anos, que não se vacinaram ou não sabem se foram imunizadas também devem procurar as unidades de saúde. Os dados das infecções registradas este ano nas Américas mostram que o sarampo não é uma doença exclusiva de crianças pequenas: quase metade dos infectados tem de 10 a 29 anos.

Ainda que os adultos tenham menos chances de adoecer com gravidade, eles transmitem a doença normalmente, inclusive para bebês menores de 1 ano e pessoas com alguma imunodeficiência que não podem se vacinar. Mas, se a cobertura de 95% for atingida para toda a população, nas duas doses, todos ficam protegidos pela imunidade coletiva, já que a vacinação em altas taxas quebra a cadeia de transmissão do vírus.

"O sarampo é frequentemente descrito como o melhor sinal de que a vacinação não vai bem em algum lugar, porque como ele é muito facilmente transmissível, qualquer perda na imunidade coletiva já permite que pessoas suscetíveis adoeçam, em especial, as crianças mais novas”, complementa a chefe de Saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo.

Ela reforça que a queda na cobertura das vacinas de rotina, observada globalmente durante a pandemia de covid-19, é uma causa fundamental para esse aumento de casos de sarampo, mas também responsabiliza a hesitação vacinal, “que chegou a ser considerada uma das principais ameaças à saúde pública global”.

O termo significa o atraso ou a recusa em se vacinar, mesmo quando as vacinas estão disponíveis. A principal causa da hesitação é a perda do medo da doença, mas ela também pode acontecer quando as pessoas não estão bem informadas, e têm medo ou dúvidas sobre a vacina, ou quando acreditam em discursos falsos.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Variedades • 17:22h • 19 de abril de 2025

Chuva de Meteoros Lyrids promete iluminar o céu brasileiro na segunda-feira, 21 de abril

O fenômeno ocorrerá na virada de 21 para 22 de abril e poderá ser visto em todo o Brasil, com horários variados por região

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:11h • 19 de abril de 2025

Bazar beneficente da APDESP em Assis: peças a R$ 5,00 e solidariedade em cada compra

No dia 10 de maio, participe do evento que vai ajudar a manter viva a missão da Associação das Pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 16:33h • 19 de abril de 2025

Com dados da UrbVerde, Assis ganha nova perspectiva para o planejamento urbano sustentável

Dados de Assis revelam desafios e oportunidades para a gestão ambiental da cidade, enquanto a plataforma da USP se consolida como ferramenta essencial para o desenvolvimento urbano sustentável

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:10h • 19 de abril de 2025

Turismo em transformação: saiba as 5 tendências que vão guiar as viagens em 2025

A nova edição da Revista Tendências do Turismo, produzida pelo Ministério do Turismo em parceria com a Embratur, apresenta direcionamentos para um setor que se adapta a um novo perfil de consumidor

Descrição da imagem

Educação • 15:44h • 19 de abril de 2025

Fuvest tem inscrições abertas para simulado de redação 2025

Simulado on-line será nos dias 26 e 27 de abril; inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 22 de abril por alunos do ensino médio de qualquer instituição

Descrição da imagem

Variedades • 15:08h • 19 de abril de 2025

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 50 milhões

Com acumulados de R$ 50 milhões, sorteios terão transmissão ao vivo e apostas até as 19h

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 14:36h • 19 de abril de 2025

Bem-estar animal: o trabalho dos protetores e os avanços da legislação paulista

Parlamento estadual consolidou nos últimos anos uma robusta legislação, colocando São Paulo na vanguarda da proteção animal; iniciativas como o "Dia da Proteção Animal e do Protetor" reconhecem papel transformador de voluntários independentes ou organizados por meio de ONGs

Descrição da imagem

Variedades • 14:04h • 19 de abril de 2025

Solange Gomes e Val Marchiori: a polêmica das bolsas falsas e o que diz a legislação

Advogada esclarece as dúvidas sobre a acusação de Val Marchiori contra Solange Gomes e os riscos envolvidos no consumo de produtos falsificados

As mais lidas

Variedades

Instagram adapta feed e muda formato das imagens; saiba o que isso significa

Instagram agora ajusta automaticamente o layout de imagens para o formato retangular, e o Âncora 1 já está se preparando para a mudança com novos ajustes no design

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025