Ciência e Tecnologia • 15:51h • 29 de março de 2025
Caneta inovadora de estudantes do Ceará identifica substâncias dopantes em bebidas
Inovação de cinco jovens de Pacajus, no Ceará, poderá ajudar a combater o golpe “boa noite, Cinderela”. Projeto será apresentado na Febrace em São Paulo
Da Redação | Com informações do CFF | Foto: Divulgação/CFF

Cinco estudantes da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) José Maria Falcão, localizada em Pacajus, no Ceará, estão recebendo reconhecimento nacional por seu projeto inovador. Elas desenvolveram a Drug Test Pen, uma caneta capaz de identificar a presença de substâncias dopantes, como os benzodiazepínicos, em bebidas, uma ferramenta que pode ser crucial para combater o golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”.
O projeto será apresentado na 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo, evento que reúne jovens cientistas de todo o país. O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da professora Elly Hanna de Lima Sobrinho, que acompanhou o processo desde a pesquisa inicial sobre substâncias usadas em crimes de dopagem até a concepção da solução final.
Projeto de jovens cientistas do Ceará combate crimes de dopagem com caneta de baixo custo | Imagem: CFF
Como funciona a Drug Test Pen?
A caneta detectora de substâncias dopantes foi criada com reagentes colorimétricos não tóxicos. Ao ser aplicada sobre uma bebida, a caneta traça uma linha em um papel filtro ou guardanapo e, ao pingar algumas gotas da bebida, ela revela a presença de substâncias dopantes em cerca de 10 segundos. O custo de produção da Drug Test Pen é de apenas R$ 10, uma diferença significativa em relação a produtos semelhantes disponíveis no mercado internacional, que chegam a custar até R$ 300.
O uso de reagentes acessíveis e a simplicidade de seu funcionamento fazem da Drug Test Pen uma solução eficaz para ser utilizada em locais públicos, oferecendo uma forma rápida e prática de detectar a presença de drogas como o flunitrazepam e outros benzodiazepínicos, frequentemente associados a crimes de dopagem.
Valorização da ciência e equidade de gênero
A criação da caneta é um exemplo de como a inovação, combinada com conhecimento técnico, pode ser usada para resolver problemas reais e melhorar a segurança pública. O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, parabenizou as estudantes pelo projeto, destacando a importância de investir na educação científica e nas políticas que promovem a inclusão feminina nas áreas de ciência e tecnologia. Segundo ele, iniciativas como essa são essenciais para mostrar que, com oportunidades, é possível transformar realidades e criar soluções que impactem positivamente a sociedade.
O futuro da inovação científica no Brasil
O projeto da Drug Test Pen também serve de inspiração para outras jovens cientistas, principalmente aquelas interessadas nas áreas de saúde e farmacêutica. A apresentação do projeto na Febrace pode abrir portas para que as estudantes de Pacajus sigam carreira nas ciências e em campos inovadores, como a Farmácia, um setor em crescente valorização no Brasil.
Com esse projeto, as jovens de Pacajus mostram suas competência científica e um compromisso com a segurança pública e o bem-estar social, ao desenvolverem uma ferramenta simples, barata e de grande impacto no combate a crimes que afetam muitas pessoas no país.
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