Saúde • 09:48h • 22 de setembro de 2025
Câncer raro em jovem de 14 anos acende alerta sobre importância do diagnóstico precoce
Carcinoma de células claras, geralmente associado à menopausa, foi identificado em jovem nos EUA; especialistas reforçam importância de reconhecer sangramentos anormais em todas as idades
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Head Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Um caso ocorrido em Chicago, nos Estados Unidos, acendeu o alerta para a saúde ginecológica em diferentes faixas etárias. Uma adolescente de 14 anos foi diagnosticada com carcinoma de células claras da vagina, tipo de câncer raro geralmente identificado em mulheres após a menopausa. O quadro começou com sangramentos que pareciam o início da menstruação, mas evoluíram para episódios diários e intensos.
Pouco antes de completar 15 anos, exames confirmaram a presença do tumor, já em estágio avançado, e a paciente iniciou tratamento no Lurie Cancer Center, da Northwestern Medicine, com quimioterapia, radioterapia externa e braquiterapia.
O carcinoma de células claras é um subtipo de câncer vaginal caracterizado por células com aparência translúcida ao microscópio. Embora incomum em adolescentes, pode se manifestar com sinais como sangramento fora do período menstrual, fluxo excessivo, dor pélvica e alterações urinárias.
Para Alexandra Ongaratto, ginecologista e Diretora Técnica do Instituto GRIS, a principal dificuldade está em diferenciar sintomas aparentemente comuns de situações graves. “Informar e orientar as mulheres é essencial. Muitas vezes, sangramentos fora de hora ou muito intensos são tratados como ‘normais’, mas podem indicar doenças sérias. Reconhecer esses sinais pode salvar vidas”, afirma.
Além do impacto na saúde, a falta de diagnóstico precoce pode comprometer a qualidade de vida, levando a anemia, cansaço extremo e limitações no cotidiano. Segundo a especialista, exames de rotina e consultas regulares são as melhores ferramentas de prevenção.
Embora extremamente raro, o câncer vaginal primário representa apenas 1 a 2% de todos os tumores ginecológicos, e dentro desse grupo, os adenocarcinomas chegam a 10% dos casos. O subtipo de células claras é ainda menos frequente, mas pode ocorrer em qualquer idade, inclusive sem fatores de risco clássicos.
Casos como o da adolescente reforçam a necessidade de atenção contínua à saúde ginecológica. Especialistas orientam que qualquer sangramento anormal deve ser avaliado por um médico, independentemente da idade.
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