Variedades • 20:44h • 26 de dezembro de 2025
Calor extremo e menopausa: como aliviar os sintomas no verão do interior
Temperaturas elevadas, abafamento e noites quentes intensificam os sintomas da menopausa; ginecologista orienta cuidados práticos para o dia a dia
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da AFonte Comunica | Foto: Divulgação
O verão no interior paulista costuma ser mais severo. Em cidades como Assis e região, o calor intenso, aliado ao tempo abafado e às noites pouco ventiladas, afeta diretamente a rotina e o bem-estar da população. Para mulheres que estão na menopausa, esse cenário pode tornar os sintomas ainda mais desconfortáveis e frequentes.
A menopausa é uma fase natural da vida feminina, geralmente entre os 45 e 50 anos, marcada pela redução dos níveis hormonais, especialmente do estrogênio. Essa mudança provoca uma série de alterações físicas e emocionais, como ondas de calor, insônia, irritabilidade, ressecamento da pele e da mucosa vaginal, variações de humor, diminuição da libido e sensação constante de cansaço. Em períodos de calor extremo, esses sintomas tendem a se intensificar.
Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, o calor externo potencializa os mecanismos internos de regulação da temperatura, que já estão mais sensíveis durante a menopausa. Em dias muito quentes e abafados, como os que enfrentamos no interior, o cérebro tem mais dificuldade para controlar a temperatura corporal. Isso faz com que os fogachos fiquem mais frequentes, mais intensos e, muitas vezes, mais longos, explica.
Verão abafado intensifica ondas de calor na menopausa, alerta ginecologista
Quando o clima pesa no corpo
Nas regiões onde o verão é mais seco ou abafado, a sensação térmica elevada pode provocar desconforto constante, piorar a qualidade do sono e aumentar a irritabilidade. Muitas mulheres relatam suor excessivo durante o dia e à noite, dificuldade para dormir, sensação de fraqueza e queda na disposição para as atividades diárias.
Para Loreta, entender que o clima interfere diretamente nos sintomas ajuda a adotar estratégias simples, mas eficazes, para atravessar essa fase com mais equilíbrio. “Não é apenas uma questão hormonal. O ambiente influencia muito. Por isso, adaptar a rotina ao calor é fundamental”, afirma.
Hábitos simples que fazem diferença no verão
Algumas mudanças práticas no dia a dia ajudam a amenizar os efeitos da menopausa nos períodos mais quentes, especialmente em cidades do interior:
- Optar por roupas leves, de tecidos naturais, como algodão e linho;
- Manter hidratação constante ao longo do dia, mesmo sem sede;
- Evitar ambientes muito fechados e pouco ventilados sempre que possível;
- Praticar atividades físicas em horários mais frescos, como início da manhã ou fim da tarde;
- Priorizar uma alimentação leve, rica em frutas, verduras e alimentos naturais;
- Reduzir o consumo de café, bebidas alcoólicas e comidas muito apimentadas, que podem desencadear ondas de calor.
“Essas atitudes ajudam o corpo a lidar melhor com o calor, reduzem a intensidade dos fogachos e melhoram o humor e o sono”, orienta a médica.
Quando os sintomas pedem avaliação médica
Em alguns casos, os desconfortos da menopausa são intensos a ponto de comprometer a qualidade de vida. Nesses cenários, a reposição hormonal pode ser considerada, sempre com indicação e acompanhamento médico.
“O tratamento não é igual para todas. Cada mulher vive a menopausa de forma única”, ressalta Loreta Canivilo. A reposição pode envolver estrogênio, progesterona e, em situações específicas, testosterona ou terapias mais modernas, como a gestrinona. “Antes de qualquer decisão, é essencial avaliar o histórico de saúde, realizar exames e entender as necessidades individuais de cada paciente”, completa.
Quando bem indicada, a reposição hormonal pode reduzir significativamente as ondas de calor, melhorar o sono, aliviar o ressecamento vaginal, aumentar a libido e devolver qualidade de vida, inclusive durante os meses mais quentes do ano.
Menopausa não é doença, é adaptação
Para a ginecologista, a menopausa não deve ser encarada como uma fase de sofrimento inevitável. Com informação, acompanhamento médico e ajustes simples na rotina, é possível atravessar o verão com mais conforto, mesmo em regiões onde o calor é intenso, afirma.
Em um cenário como o do interior paulista, onde o verão costuma ser prolongado e abafado, cuidar do corpo, respeitar os sinais e buscar orientação profissional faz toda a diferença para viver essa fase com mais bem-estar e equilíbrio.
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