Gastronomia & Turismo • 12:02h • 03 de setembro de 2025
Café de verdade: por que cada vez mais pessoas deixam o açúcar de lado
Aroma, acidez equilibrada e corpo aveludado: os critérios que transformam o café em bebida sofisticada
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Maxima Assessoria | Foto: Divulgação

Por muito tempo acreditou-se que café de qualidade era sinônimo de bebida preta e amarga. Esse mito foi alimentado por torras mais escuras, usadas para mascarar defeitos do grão e que acabaram estimulando o consumo de açúcar. Hoje, porém, o cenário é diferente: os consumidores reconhecem que a origem, a torra e o método de preparo são determinantes para o sabor, aroma e textura da bebida.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) mostram que as vendas de cafés gourmet cresceram 56,62% no primeiro quadrimestre de 2025, enquanto os cafés especiais registraram alta de 29,13%. O avanço reflete a valorização crescente da qualidade e a busca por experiências sensoriais no mercado premium.
Sabor, aroma e origem: a revolução dos cafés gourmet e especiais no Brasil
Segundo a nutricionista Daniela Zaminiani, da Sterna Café, a torra correta revela notas naturais do grão e preserva seu frescor. “Os cafés premium oferecem doçura equilibrada, acidez suave e corpo aveludado. Quando bem preparados, dispensam açúcar ou adoçante, porque a bebida já apresenta doçura natural, notas frutadas ou achocolatadas e final limpo, agradando até quem nunca tomou café sem açúcar”, afirma.
Os cafés gourmet recebem entre 70 e 80 pontos em avaliações sensoriais, indicando sabor superior ao café tradicional, mas ainda acessível a quem começa a explorar esse universo. Já os especiais ultrapassam 80 pontos e passam por rigorosos critérios de rastreabilidade, definidos pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Além do sabor complexo, oferecem consistência na qualidade e valorizam a história e a origem de cada lote.
Mercado premium cresce e revela que o café pode ser apreciado como vinho ou cerveja artesanal
Zaminiani reforça que a identificação do bom café começa no rótulo, que deve informar data de torra, selos de qualidade e descrições sensoriais. A Sterna Café, rede com mais de 50 unidades em seis estados, aposta em grãos especiais de torra média, com notas de caramelo e chocolate, além de oferecer diferentes métodos de extração, como V60, Clever, Chemex, AeroPress e Prensa Francesa. A proposta é criar uma experiência imersiva, que vai além da bebida e envolve aromas, texturas e ambiente.
“O Brasil é o maior produtor de café do mundo e acompanhar a mudança no olhar do consumidor é muito especial para nós. Nosso café é um patrimônio nacional que pode ser vivido intensamente, em uma experiência sensorial que inspirou a criação da Sterna Café”, conclui a especialista.
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