Variedades • 19:43h • 05 de agosto de 2025
Brasileiros projetam uma das maiores expectativas de vida do mundo, revela pesquisa global
Estudo da Ipsos aponta otimismo com o envelhecimento no Brasil, enquanto gerações mais jovens mostram queda na expectativa de longevidade
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Ipsos Assessoria | Foto: Divulgação

O Brasil aparece entre os países mais otimistas do mundo quando o assunto é longevidade. Segundo a pesquisa “Attitudes to Ageing 2025”, realizada pela Ipsos em 32 países, os brasileiros acreditam que viverão, em média, até os 80 anos — dois anos acima da média global, que é de 78. Além disso, o país se destaca por projetar um dos períodos mais longos de vivência na terceira idade: 15 anos entre o início simbólico da velhice (aos 65 anos) e a expectativa de vida estimada.
Na contramão, países como Hungria, Turquia, Índia e México registram autoprojeções mais baixas, algumas até inferiores à idade considerada como marco da terceira idade, como é o caso da Hungria (64 x 65 anos). Já Itália e Espanha consideram a velhice começando mais tarde, aos 73 anos. Na Indonésia, esse marco é mais precoce: 59 anos.
Outro dado curioso envolve o sentimento em relação ao envelhecer. Enquanto 57% dos entrevistados globais dizem não estar ansiosos pela velhice, no Brasil o cenário é inverso: 57% afirmam esperar com entusiasmo essa fase da vida, contrastando com os 38% que se mostram resistentes. Globalmente, os mais jovens — especialmente homens da Geração Z e Millennials — são os mais entusiasmados com a velhice. Já entre as mulheres, especialmente as Baby Boomers, os índices de entusiasmo são os mais baixos.
No recorte por gênero, 59% das brasileiras entrevistadas demonstraram entusiasmo pela chegada da terceira idade, número superior ao dos homens (55%). Entre os países pesquisados, a Indonésia se destacou pelo otimismo: 89% das mulheres e 88% dos homens demonstraram expectativa positiva com o envelhecimento.
Apesar do tom otimista brasileiro, o levantamento também mostra uma tendência preocupante entre os mais jovens. Enquanto Baby Boomers e a Geração X projetam vidas mais longas (84 e 80 anos, respectivamente), Millennials e Geração Z esperam viver menos (78 e 75 anos), sinalizando um possível desalento diante de fatores sociais, econômicos ou ambientais que impactam a percepção do futuro.
O estudo da Ipsos destaca a importância de olhar para o envelhecimento não apenas como um dado demográfico, mas como um processo carregado de significados culturais, emocionais e geracionais. No Brasil, a expectativa de viver mais e com entusiasmo reforça a urgência de políticas públicas voltadas ao envelhecimento ativo, saudável e digno.
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