Saúde • 09:13h • 19 de outubro de 2025
Brasil vai produzir insulina em parceria com biofarmacêutica chinesa
Produção nacional vai garantir abastecimento do SUS e reduzir dependência de importações
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: Arquivo Âncora1

Uma parceria firmada entre o Ministério da Saúde e a biofarmacêutica chinesa Gan & Lee Pharmaceuticals vai permitir a produção nacional da insulina glargina, medicamento de ação prolongada usado no tratamento do diabetes tipo 1 e 2. O acordo, assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reúne Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a Gan & Lee, com previsão inicial de fabricar 20 milhões de frascos para o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A cooperação inclui transferência de tecnologia e intercâmbio científico, com o objetivo de reduzir a dependência externa e ampliar o acesso ao medicamento no sistema público. Inicialmente, o envase e a rotulagem serão feitos no Brasil sob supervisão da Biomm, utilizando insumo farmacêutico ativo importado da China. Posteriormente, a produção completa passará a ocorrer no Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) da Fiocruz, localizado em Eusébio, no Ceará.
De acordo com o governo, a parceria fortalece a cadeia nacional de insumos estratégicos e deve gerar economia ao SUS, com redução de custos logísticos e de importação. A vice-presidente da Fiocruz, Priscila Ferraz, afirmou que a iniciativa também abre espaço para avanços em tratamentos de doenças como cânceres e enfermidades autoimunes. Segundo ela, a insulina glargina já é utilizada na China há mais de duas décadas e o acordo representa uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico conjunto.
O governo informou ainda que o produto é comercializado em mais de 30 países e deve impulsionar a produção local de medicamentos estratégicos. Além do diabetes, a cooperação prevê o desenvolvimento de pesquisas e produtos voltados ao tratamento de obesidade e doenças metabólicas, como medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, que auxilia no controle do apetite e da glicose. O diretor da Gan & Lee, Wei Chen, destacou que o projeto simboliza um novo patamar de cooperação tecnológica e deve servir de modelo para futuras parcerias entre Brasil e China.
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