Responsabilidade Social • 10:20h • 23 de novembro de 2025
Brasil tem apoio de mais de 80 países para fim de combustíveis fósseis
Coalizão amplia pressão na COP30, enquanto sociedade quer protagonismo
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: COP30
Representantes de mais de 80 países declararam apoio oficial ao plano proposto pelo Brasil para criar um “mapa do caminho” que leve o mundo a abandonar os combustíveis fósseis. O anúncio foi feito na terça-feira (18) durante o evento Mutirão Call for a Fossil Fuel Roadmap, que reuniu países do Norte e do Sul Global.
O conceito de roadmap se refere a um plano de ação com etapas e metas definidas. A ideia ganhou força no início da COP30, quando o presidente Lula chamou os países a construírem um calendário global para deixar de usar petróleo, gás natural e carvão.
Ainda não foi divulgada a lista completa dos países apoiadores, mas representantes de Alemanha, Dinamarca, Reino Unido, Quênia, Serra Leoa e Ilhas Marshall participaram do anúncio.
O secretário de Estado do Reino Unido, Ed Miliband, afirmou que a mobilização é inédita e que a COP30 pode marcar um avanço importante na transição energética.
Para países vulneráveis, como Serra Leoa, o tema é uma questão de sobrevivência. O ministro Jiwoh Abdulai alertou que o aquecimento de 1,5°C ameaça diretamente a existência do país e que os custos da adaptação crescem mais rápido do que os recursos disponíveis.
A ministra Marina Silva comemorou o apoio internacional e destacou que abandonar combustíveis fósseis exige financiamento, diversificação econômica e desenvolvimento tecnológico. Ela reforçou que as emissões de dióxido de carbono, sobretudo da queima de petróleo, gás e carvão, são a principal causa do aquecimento global.
A jovem campeã do clima da COP30, Marcelle Oliveira, destacou o papel das novas gerações e defendeu uma transformação profunda na economia e na cultura para enfrentar a crise climática.
Marcio Astrini, do Observatório do Clima, afirmou que a proposta brasileira consolidou amplo apoio internacional, com mais de 80 países alinhados ao plano.
Enquanto autoridades celebravam o avanço, organizações sociais criticaram a falta de participação das comunidades diretamente afetadas por projetos fósseis. O Instituto Internacional Arayara afirmou que um plano construído apenas por governos ignora a realidade de povos indígenas, quilombolas e outras populações tradicionais, deixando o processo incompleto.
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