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Saúde • 13:55h • 29 de junho de 2025

Brasil pode atingir 73 mil novos casos de câncer de mama até o fim de 2025

Doença é a mais incidente entre as mulheres brasileiras e avança principalmente entre jovens e negras, acentuando desigualdades regionais e raciais; atraso no início do tratamento compromete chances de cura

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Experta Media | Foto: Divulgação

Atraso no tratamento compromete chances de cura no câncer de mama no Brasil
Atraso no tratamento compromete chances de cura no câncer de mama no Brasil

O Brasil deve encerrar o ano de 2025 com 73.610 novos casos de câncer de mama, segundo projeção do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O número representa um risco estimado de 66,54 diagnósticos para cada 100 mil mulheres, consolidando a doença como o tipo de câncer mais comum entre as brasileiras, excluindo os tumores de pele não melanoma.

O aumento da incidência acompanha um movimento preocupante observado nos últimos anos. Um estudo publicado na revista científica BMC Cancer revelou que a taxa de mortalidade por câncer de mama no país subiu de 10,5 para 11,8 óbitos a cada 100 mil mulheres entre os anos 2000 e 2021. Especialistas alertam que o quadro exige melhorias urgentes no rastreamento e na efetividade dos tratamentos oferecidos, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Desigualdades regionais e raciais

Os dados revelam um retrato desigual do país. O Sudeste lidera em risco estimado, com 84,46 casos por 100 mil mulheres, enquanto a Região Norte registra apenas 24,99. O Sul aparece com 71,44, seguido pelo Centro-Oeste (57,28) e Nordeste (52,20). Esses contrastes estão ligados à desigualdade de acesso à saúde e infraestrutura médica.

O Painel Oncologia do DataSUS mostra que, em 2024, 41% das pacientes iniciaram o tratamento com mais de 60 dias após o diagnóstico, desrespeitando o limite previsto na Lei nº 12.732/2012. O problema afeta diretamente as chances de cura, que são maiores quando o tumor é tratado precocemente.

Além das disparidades geográficas, o câncer de mama também impacta de forma desigual mulheres negras. Entre 2000 e 2020, a mortalidade nessa população cresceu 2,3% ao ano - quase quatro vezes mais que entre as mulheres brancas (0,6%). O Inca associa esse fenômeno a barreiras estruturais no acesso à saúde, à educação e ao diagnóstico precoce.

Jovens em alerta

Outro dado que chama a atenção é o aumento da mortalidade entre mulheres com menos de 40 anos. A taxa de óbitos cresceu em média 1,8% ao ano nesse grupo, índice três vezes superior ao registrado entre mulheres de 50 a 69 anos. Especialistas apontam que, além de não estarem contempladas nos programas de rastreamento, as jovens têm mamas mais densas, dificultando a visualização de alterações na mamografia. Nessa faixa etária, os tumores também costumam ser mais agressivos.

Atrasos e obstáculos

Estudo da Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp), com 437 mulheres, apontou múltiplas barreiras para o diagnóstico precoce: medo, vergonha, falta de tempo, dificuldade de agendamento e sensação de que o exame era desnecessário. Esses fatores contribuem para diagnósticos tardios e exigência de tratamentos mais complexos, como radioterapia e quimioterapia, reduzindo as chances de sobrevida.

Cenário mundial e soluções

Globalmente, a Agência Internacional para Pesquisa de Câncer (IARC) estima que, sem mudanças nas políticas de prevenção, o mundo poderá registrar até 3,2 milhões de novos casos e 1,1 milhão de mortes por câncer de mama até 2050. Isso representa um aumento de 38% nas ocorrências e 68% nas mortes.

No Brasil, um dos esforços mais recentes para melhorar o rastreamento é o programa ConeCta-SP, desenvolvido pela Fosp e iniciado em 2022. Em vez de esperar que a mulher procure o sistema de saúde, o programa identifica proativamente aquelas na faixa etária de risco e as convida para realizar exames preventivos. A mudança de abordagem busca superar os limites do atual modelo oportunista, considerado ineficiente pelos pesquisadores.

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