Saúde • 10:59h • 30 de abril de 2024
Brasil inaugura fábrica de insulina e retoma produção nacional após duas décadas
Nova unidade da Biomm em Minas Gerais marca um avanço significativo para a independência farmacêutica do país em tratamentos de diabetes
Da Redação | Com informações da Agência Brasil |
O setor farmacêutico brasileiro alcançou um marco importante com a inauguração da fábrica de insulina da Biomm em Nova Lima, Minas Gerais. Este evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marca o retorno da produção nacional de insulina após mais de 20 anos de dependência de importações.
A nova planta industrial não apenas simboliza um avanço significativo na política de saúde pública brasileira, mas também garante a autossuficiência do país na produção deste essencial hormônio, com capacidade para atender toda a demanda nacional. A empresa investiu R$ 800 milhões na construção da fábrica, que tem potencial para produzir 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina por ano, além de outros biomedicamentos.
O presidente Lula, durante seu discurso, destacou a importância desta conquista para a saúde pública e partilhou uma história pessoal sobre sua bisneta Analua, que vive com diabetes tipo 1, ressaltando a necessidade de acesso contínuo e acessível à insulina para todos os brasileiros.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Nísia Trindade, ministra da Saúde, reiterou a relevância da produção local de insulina, enfatizando que, além de fornecer medicamentos essenciais, a fábrica contribui para a independência tecnológica e econômica do Brasil. "Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial", afirmou Trindade.
O evento também foi palco para a assinatura de um protocolo de intenções entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm, visando a produção de medicamentos para tratamento de doenças metabólicas. Esta parceria é parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), que prevê investimentos de R$ 42 bilhões até 2026 para fortalecer a indústria farmacêutica nacional.
Além do apoio governamental, a Biomm obteve R$ 203 milhões em créditos de instituições financeiras como a Finep, o BNDES e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, além de R$ 133 milhões aportados via equity, consolidando o compromisso público e privado com a saúde e o bem-estar da população brasileira.
Esta iniciativa representa um passo crucial na redução da dependência externa do Brasil por insumos médicos e reafirma o compromisso do país com a inovação e o desenvolvimento sustentável no setor da saúde.
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