Responsabilidade Social • 08:43h • 11 de dezembro de 2025
Brasil gera mais resíduos em 2024, mas avança na destinação correta
Da parcela coletada, maior parte (59,7%) teve destinação adequada
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Arquivo Âncora1
Em 2024, o Brasil produziu 81,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), um aumento de 0,75% em relação ao ano anterior. Desse total, 76,4 milhões de toneladas (93,7%) foram coletadas e 41,4 milhões (59,7%) tiveram destinação ambientalmente adequada em aterros sanitários.
A média anual de geração foi de 384 quilos por habitante — cerca de 1,24 kg por dia — segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2025, divulgado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).
Embora ainda elevado, o descarte inadequado diminuiu. Em 2024, 40,3% dos resíduos tiveram destinação irregular, contra 41,5% no ano anterior. Mesmo assim, o país ainda convive com quase 3 mil lixões, aponta o presidente da Abrema, Pedro Maranhão.
Reciclagem
Foram encaminhadas 7,1 milhões de toneladas de resíduos secos para reciclagem, o equivalente a 8,7% do total gerado. Desse volume, 2,5 milhões vieram do serviço público de coleta, e 4,6 milhões da coleta informal. Aproximadamente metade (52%) foi efetivamente recuperada; o restante virou rejeito.
Geração de energia
Pela primeira vez, o estudo avaliou o aproveitamento de resíduos orgânicos e não recicláveis para produção de energia, como CDR, biogás, biometano e compostagem — conceito reunido como “reciclagem bioenergética”. Esse tipo de reaproveitamento alcançou 11,7% do total de resíduos gerados, superando a taxa de reciclagem mecânica de materiais secos (8,7%).
Logística reversa
A edição também analisou os 13 sistemas de logística reversa existentes no país. Segundo o diretor técnico da Abrema, Antônio Januzzi, os dados mostram avanço na economia circular. Ele destaca ainda o Decreto 12.688/2025, conhecido como “Decreto do Plástico”, que ampliará para 14 os materiais incluídos na política de circularidade.
Desafios nos municípios
Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), cidades com até 50 mil habitantes são as que mais precisam de apoio para eliminar lixões e implementar aterros sanitários. O custo elevado, as exigências técnicas e a dificuldade de encontrar áreas adequadas tornam o processo mais complexo, especialmente no Norte do país.
A CNM também aponta que a geração de energia a partir de resíduos só é viável em regiões com mais de 300 mil habitantes, devendo usar apenas rejeitos para não prejudicar o trabalho de catadores.
O relatório reforça a necessidade de coordenação entre União, estados e municípios para superar os desafios e avançar na gestão de resíduos no Brasil.
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