Saúde • 08:36h • 21 de setembro de 2025
Brasil enfrenta desafio de reduzir em 90% novas infecções por hepatites até 2030
Especialista alerta para importância do diagnóstico precoce, vacinação e acesso ao tratamento como medidas fundamentais para atingir meta da OMS
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Edelman | Foto: Divulgação

Apesar dos avanços na medicina, as hepatites virais continuam sendo um problema silencioso de saúde pública. Milhares de pessoas vivem com os vírus sem saber, o que atrasa o início do tratamento, agrava a inflamação do fígado e aumenta os riscos de transmissão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a meta global é reduzir em 90% as novas infecções por hepatite B e C e diminuir em 65% a mortalidade causada pela doença até 2030, em comparação com os níveis de 2016.
Para a gastroenterologista e hepatologista Nilma Ruffeil, integrante da rede credenciada Care Plus e do Hospital Moriah, atingir esse objetivo exige esforço conjunto entre diferentes agentes. Ela reforça que o diagnóstico precoce é o ponto de partida. “Só conseguiremos eliminar as hepatites virais tratando mais pessoas e, para isso, o primeiro passo é o diagnóstico. O teste é rápido, o tratamento é eficaz e há vacinas disponíveis para os vírus A e B. Precisamos romper esse silêncio”, afirma.
No Brasil, as formas mais comuns são a hepatite A, transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados e contato com infectados; a hepatite B, que pode ocorrer em relações sexuais desprotegidas ou de mãe para filho durante a gestação, e que em alguns casos exige tratamento contínuo; e a hepatite C, transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado, como no uso compartilhado de agulhas ou objetos cortantes. Essa última não tem vacina, mas atualmente conta com tratamentos que curam mais de 95% dos casos em cerca de 12 semanas.
A especialista também ressalta a importância da vacinação contra as hepatites A e B, disponível nos calendários infantil e adulto, especialmente indicada para pessoas com doenças crônicas ou em tratamento imunossupressor. A testagem preventiva é considerada essencial para grupos de risco, como pessoas acima de 40 anos, usuários de drogas injetáveis e aqueles que mantêm relações sexuais sem proteção.
A Vacinar, clínica de imunização que integra o grupo Care Plus, oferece vacinas contra hepatite A e A+B, reforçando que a prevenção e o diagnóstico precoce são as principais formas de evitar a progressão da doença.
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