Saúde • 17:39h • 07 de dezembro de 2025
Boca seca, manchas e perda dentária crescem entre usuários de cigarros eletrônicos
Dentista alerta para aumento de inflamações, cáries, manchas e perda dentária entre usuários de vape, especialmente jovens
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Dampress Assessoria | Foto: Divulgação
O avanço do uso de cigarros eletrônicos entre jovens e adultos no Brasil, apesar da proibição de venda e propaganda pela Anvisa, acendeu um alerta para riscos crescentes à saúde bucal. A popularização dos dispositivos ocorre paralelamente ao aumento de casos de desgaste precoce dos dentes, inflamação gengival, boca seca, manchas e até perda dentária, segundo a dentista Lidiane Takeda. A especialista explica que o aerossol liberado pelo vape contém substâncias potencialmente tóxicas que entram em contato direto com dentes, gengivas e mucosas, criando um ambiente propício a danos cumulativos.
A primeira consequência observada nos usuários está relacionada à saliva, fundamental para a proteção da boca. Compostos como nicotina, propilenoglicol e flavorizantes reduzem sua produção e alteram o equilíbrio da microbiota oral, favorecendo mau hálito, cáries, irritações e inflamações gengivais. A dentista destaca que o vapor também pode prejudicar a cicatrização, escurecer o esmalte e causar irritações recorrentes, efeitos já identificados no consultório em pacientes cada vez mais jovens.
Outro ponto preocupante é o avanço de doenças periodontais entre usuários diários de cigarros eletrônicos. A perda de suporte dentário tem sido observada com maior frequência, demonstrando que os danos não se limitam à superfície dos dentes, mas atingem tecidos de sustentação essenciais. Segundo Takeda, muitos pacientes não percebem os efeitos inicialmente, o que facilita a progressão silenciosa das lesões. A identificação tardia pode impedir a reversão completa dos danos.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da prevenção, do acompanhamento odontológico periódico e da conscientização pública. A tendência de crescimento do uso dos dispositivos exige ações informativas para reduzir danos, ampliar a compreensão dos riscos e evitar impactos prolongados na saúde da população. Para Takeda, a discussão precisa ser encarada com seriedade, já que o comportamento pode comprometer toda uma geração de jovens expostos a substâncias nocivas.
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