Responsabilidade Social • 18:37h • 04 de novembro de 2025
Biodiversidade em risco: atualização da IUCN expõe colapso das populações de aves
Mais da metade das espécies de aves no mundo está em queda populacional, segundo relatório; SAVE Brasil destaca papel do país na agenda internacional de conservação
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mention | Foto: Divulgação
A nova atualização da Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) trouxe um dado alarmante: mais da metade das espécies de aves do planeta está em declínio populacional. A SAVE Brasil, representante oficial da BirdLife International no país, acompanhou a divulgação dos resultados presencialmente durante o Congresso Mundial da IUCN, onde também coorganizou quatro painéis no Pavilhão Brasil, a convite do ICMBio.
Os resultados reforçam uma tendência global de perda acelerada de biodiversidade, ameaçando o equilíbrio dos ecossistemas e evidenciando a necessidade de políticas de conservação mais eficazes.
De acordo com Alice Reisfeld, diretora de conservação da SAVE Brasil, o levantamento acende um importante alerta sobre o impacto das ações humanas e o papel essencial das aves como sentinelas ambientais.
“As aves são indicadores da qualidade do ambiente. Chamamos de mensageiras da saúde do planeta porque elas respondem muito rápido à degradação ambiental. Quando há um declínio populacional, isso revela uma perda mais ampla da saúde dos ecossistemas, em grande parte causada pelo desmatamento, pelas espécies invasoras, pela caça e pelas mudanças climáticas”, afirma.
Durante o congresso, a SAVE Brasil participou ativamente das discussões sobre o futuro da biodiversidade, em diálogo com organizações internacionais que integram a rede BirdLife International. O evento também destacou a importância de ampliar o engajamento do Brasil na agenda global de conservação, especialmente diante da proximidade da COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
A expectativa é que o país exerça papel central nas discussões sobre mitigação dos efeitos climáticos e recuperação das espécies ameaçadas, fortalecendo compromissos para a preservação da vida silvestre.
Para Reisfeld, o momento é de transformar o alerta em ação concreta. “Se não olharmos com atenção para os sinais da biodiversidade, não conseguiremos encontrar soluções reais para a crise climática. A COP30 será uma oportunidade decisiva para mostrar o Brasil como uma voz protagonista na defesa da natureza e na busca por um futuro sustentável para todas as espécies, inclusive a nossa”, conclui.
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