Economia • 14:35h • 14 de janeiro de 2025
Bares e restaurantes ajustam preços devido à alta da inflação de alimentos e bebidas
Com margens apertadas e custos elevados, o setor de alimentação enfrenta desafios para manter a competitividade e a sustentabilidade em 2025
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Arquivo/Âncora1
O setor de bares e restaurantes encerrou o ano de 2024 pressionado pela forte inflação, que se refletiu diretamente nos preços praticados aos consumidores. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, divulgado na última sexta-feira (10), trouxe mais um alerta para a alta nos custos do grupo "Alimentação e Bebidas", que subiu 1,18% no mês. Esse aumento foi impulsionado tanto pelos preços dos alimentos no domicílio (alta de 1,17%) quanto pela alimentação fora do domicílio (alta de 1,19%).
No setor de alimentação fora do lar, a situação se agravou, já que os preços das refeições aumentaram em 1,42%, superando os custos dos insumos, enquanto os lanches subiram 0,96%. Para muitos estabelecimentos, essa elevação tornou inevitável o repasse dos custos aos clientes, mesmo que isso significasse uma possível redução no fluxo de consumidores.
A pressão financeira no setor foi ainda mais acentuada por margens de lucro cada vez mais reduzidas. De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 59% das empresas estavam operando sem lucro no final de 2024. A elevação dos custos, aliada à necessidade de manter os preços competitivos, trouxe um grande desafio para os empresários, que, em muitos casos, ajustaram os preços de forma modesta. Em pesquisa realizada pela Abrasel, 32% dos empresários disseram que não conseguiram reajustar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 59% ajustaram os preços apenas em níveis iguais ou inferiores à inflação.
O acumulado de inflação do grupo "Alimentação e Bebidas" em 2024 foi de 7,69%, com a alimentação fora do domicílio subindo 6,29% no período. Esse aumento impactou diretamente no preço das refeições (5,70%) e dos lanches (7,56%). Esse cenário evidencia os desafios enfrentados pelos empresários do setor, que tentam equilibrar os custos crescentes e a necessidade de manter os consumidores satisfeitos.
No entanto, apesar das dificuldades, há perspectivas otimistas para 2025. O otimismo é alimentado pelas vendas de fim de ano, impulsionadas pelo 13º salário e pelas festas de fim de ano, que, segundo a Abrasel, ajudaram muitos estabelecimentos a entrar em janeiro com um desempenho mais positivo. Além disso, 73% das empresas do setor esperam aumentar suas vendas no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, reforça a expectativa de que 2025 seja um ano de recuperação, com a desaceleração da inflação, o crescimento da renda e do emprego, além da necessidade de inovação contínua no setor. Para ele, será essencial encontrar um equilíbrio sustentável entre preços justos e rentabilidade, para garantir a competitividade e a sobrevivência do setor de alimentação fora do lar em um cenário econômico desafiador.
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