Responsabilidade Social • 16:41h • 08 de abril de 2025
Avô de gêmeos autistas pede gratuidade nas vagas rotativas para idosos e pessoas com deficiência
Djalma Trindade, avô de gêmeos com autismo, cria petição para garantir acessibilidade e dignidade no transporte para familiares e outros cidadãos que enfrentam desafios no deslocamento
Da Redação | Com informações do Change Org | Foto: Divulgação

Djalma Trindade, avô de gêmeos autistas, tem enfrentado um desafio diário para garantir o acesso à terapia de seus netos. Ele é responsável por levá-los, três vezes por semana, a uma clínica distante 14 quilômetros de sua casa, localizada na zona leste de São Paulo. No entanto, um dos maiores obstáculos é o alto custo das vagas rotativas (Zona Azul) e a limitação de tempo dessas vagas. Cada hora estacionada custa R$ 6,67, com limite de duas horas por vaga. Isso significa que, ao longo do ano, Djalma e sua família gastam R$ 1.920,96 para estacionar nas proximidades da clínica, um valor superior ao salário mínimo atual, de R$ 1.518.
"Eu preciso mudar o carro de local ou corro o risco de ser multado, e isso gera um grande transtorno e um gasto muito alto para a nossa família", explica Djalma. Pensando nas dificuldades que muitas outras pessoas também enfrentam, ele criou uma petição na plataforma Change.org com o objetivo de garantir a gratuidade nas vagas rotativas para idosos e pessoas com deficiência (PCDs) em todo o Brasil. A petição também propõe aumentar o limite de tempo de uso das vagas para três horas.
A proposta de Djalma ganhou apoio rapidamente, com 10 mil assinaturas reunidas em poucos dias. “Idosos e pessoas com deficiência já enfrentam muitas despesas. Esse benefício seria uma forma de promover mais acessibilidade e dignidade na mobilidade urbana”, destaca o avô.
A realidade das vagas rotativas em outros municípios
Em algumas cidades, a gratuidade das vagas rotativas já é uma realidade. Municípios como Guarulhos, Indaiatuba, Campina Grande e Paulista oferecem isenção para idosos e pessoas com deficiência. Em Santos, no litoral paulista, pessoas com deficiência são isentas, mas os idosos ainda não têm esse benefício. No Espírito Santo, a gratuidade foi garantida por lei em maio de 2024 para todos os idosos do estado.
Estudo sobre o uso do carro entre idosos e PCDs
De acordo com um estudo realizado pela Fundación Mapfre, 60% das pessoas com mais de 60 anos utilizam carro particular para se deslocar. A pesquisa também aponta que a porcentagem de idosos habilitados aumentou de 11% em 2013 para 18% em 2021. Essa pesquisa destaca o papel essencial que os idosos desempenham no transporte de familiares, assim como Djalma, que leva e busca seus netos em compromissos importantes.
Já uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, com apoio da Uber, revelou que 47% da população PCD utiliza carro particular para se deslocar, sendo que 67% deles fazem esse deslocamento por motivos de saúde, seja para consultas, exames ou terapias. A pesquisa também apontou que os modais públicos, como ônibus e metrô, são menos utilizados por essa população.
A luta pela inclusão e acessibilidade
A proposta de Djalma Trindade tem como objetivo não apenas aliviar o bolso de quem cuida de familiares com necessidades especiais, mas também promover um ambiente urbano mais acessível para todos, independentemente da sua idade ou condição física. A ação busca garantir mais igualdade na mobilidade e garantir que o transporte não seja um obstáculo a mais para as pessoas com deficiência e para os idosos, que muitas vezes dependem do uso do carro para compromissos essenciais.
Se você também acredita na importância dessa causa, pode apoiar a petição de Djalma e fazer sua parte para ajudar a garantir a gratuidade nas vagas rotativas para idosos e PCDs em todo o Brasil. Acesse aqui.
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