Economia • 13:42h • 21 de novembro de 2025
Avanço tecnológico transforma cadeia de frio e reduz perdas de alimentos no Brasil
Sistemas inteligentes de refrigeração e rastreamento térmico tornam a logística mais eficiente, sustentável e alinhada às normas sanitárias
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
O avanço de soluções digitais na cadeia de frio tem transformado a logística de perecíveis no Brasil em 2025, com impacto direto na redução do desperdício de alimentos. A modernização inclui sensores, automação e monitoramento térmico em tempo real, adotados por transportadoras, cooperativas e centros de distribuição para garantir segurança alimentar em todas as etapas do transporte.
O cenário é pressionado por altas temperaturas e pela necessidade de eficiência nas operações logísticas. Segundo a FAO, cerca de 14% dos alimentos produzidos no mundo se perdem entre colheita e comercialização, e a variação térmica é uma das principais causas. No Brasil, estimativas do IBGE indicam deterioração de aproximadamente 30% das frutas e hortaliças antes mesmo de chegar às mãos do consumidor.
Nesse contexto, tecnologias que mantêm condições controladas ao longo da rota ganham protagonismo. Sistemas automatizados de refrigeração, softwares de rastreabilidade térmica e sensores conectados já permitem ajustes imediatos quando ocorre qualquer oscilação de temperatura, reduzindo riscos de perda. A detecção precoce de desvios fortalece o controle operacional em caminhões, câmaras frias e centros logísticos, além de gerar relatórios técnicos que passam a ser cada vez mais exigidos em contratos de exportação.
O setor também avança com equipamentos projetados para maior eficiência energética. Relatórios da Agência Internacional de Energia estimam que o resfriamento de ambientes representa cerca de 2,7% das emissões globais de dióxido de carbono associadas ao consumo de energia. Para mitigar esse impacto, empresas adotam fluidos menos poluentes, reaproveitamento de energia e tecnologia inverter, que reduz significativamente o consumo elétrico nas unidades de refrigeração.
Agronegócios nacional
Em território brasileiro, redes de distribuição e cooperativas agrícolas incorporam soluções capazes de controlar zonas independentes de temperatura, variando conforme o tipo de carga e o nível de ocupação do compartimento. Estudos técnicos mostram que a automação pode diminuir em até 30% o gasto energético em armazéns frigoríficos, contribuindo diretamente para a sustentabilidade das operações.
As exigências regulatórias também impulsionam a digitalização. A Anvisa determina que transportes de perecíveis mantenham registros completos de temperatura e umidade durante todo o trajeto, o que reforça a necessidade de sistemas automatizados e manutenção preventiva. Boas práticas incluem uso de embalagens térmicas apropriadas e capacitação de equipes, etapas essenciais para preservar lotes e evitar riscos sanitários.
O avanço tecnológico tem estimulado ainda o crescimento de startups especializadas em rastreamento via GPS, análise preditiva e blockchain aplicadas à cadeia de frio. A integração entre automação, dados e monitoramento contínuo configura uma nova fase do setor, marcada pela transparência e pelo controle rigoroso de variáveis térmicas.
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