Mundo • 16:16h • 19 de junho de 2025
Ausência de redes sociais pode prejudicar solicitação de visto para os Estados Unidos
Advogado especializado em imigração alerta que falta de presença digital pode ser interpretada como tentativa de ocultação de informações
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Solicitar um visto para os Estados Unidos pode se tornar ainda mais desafiador para quem não tem perfis ativos em redes sociais. De acordo com Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional e imigração, a ausência de presença digital pública pode ser vista pelas autoridades consulares como um sinal de alerta, dificultando a aprovação do visto.
A recomendação recente partiu do senador Marco Rubio ao Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS). A orientação sugere que solicitantes sem histórico online tenham suas intenções migratórias avaliadas com mais rigor, podendo até ter o pedido de visto negado.
Segundo Toledo, a justificativa por trás dessa medida é o argumento de que indivíduos com más intenções tendem a evitar exposição pública. “Mesmo que a pessoa apenas seja mais reservada, o agente consular pode interpretar a ausência de perfis nas redes sociais como uma tentativa de esconder informações”, explica.
Além da preocupação com quem não tem redes sociais, a análise também se estende aos conteúdos publicados por quem está presente no ambiente digital. Participação em grupos de redes sociais com conteúdo xenófobo, orientações sobre fraudes migratórias ou envolvimento com comunidades que ensinam a permanecer ilegalmente nos Estados Unidos podem pesar negativamente no processo.
O advogado destaca que o próprio formulário DS-160, utilizado para solicitação de vistos americanos, já exige que o solicitante informe todas as redes sociais usadas nos últimos cinco anos. Plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, X (antigo Twitter) e LinkedIn estão entre as mais analisadas.
Segundo Toledo, a tendência é de que o controle se torne ainda mais rígido nos próximos meses. A intenção do governo americano é antecipar riscos, identificando comportamentos online que possam indicar contradições, vínculos com grupos extremistas ou possíveis fraudes.
O especialista orienta que os solicitantes mantenham uma postura transparente e coerente entre o que declaram no processo e o que apresentam no ambiente digital. “Não é necessário expor a vida pessoal, mas é fundamental ter consistência entre o perfil público e as informações fornecidas na entrevista”, afirma.
Outro alerta importante de Toledo é para o risco de envolvimento com grupos ou consultorias que oferecem atalhos ilegais para entrar ou permanecer nos Estados Unidos. “As autoridades americanas estão cada vez mais atentas a redes que prometem facilitar o processo de forma irregular. Mesmo a participação passiva nesses grupos pode prejudicar a análise do visto”, finaliza.
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