Saúde • 15:50h • 28 de maio de 2024
Atividade física como antídoto para o estresse docente: estudo da Unesp aponta benefícios
Pesquisa realizada com professores de Presidente Prudente destaca a importância do exercício físico na melhoria da qualidade de vida e redução do estresse
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação
Professores que incluem atividades físicas regulares em suas rotinas tendem a enfrentar melhor os desafios do estresse no ambiente de trabalho.
Isso é o que sugere um estudo recente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), financiado pela Fapesp, com professores de escolas públicas de Presidente Prudente.
Publicados no International Journal of Environmental Research and Public Health, os resultados indicam uma correlação direta entre a prática de exercícios físicos e uma melhor qualidade de vida para os docentes.
A pesquisa envolveu a participação de 231 professores, dos quais cerca de 70% relataram experienciar estresse. Desses, 50% apresentaram estresse moderado, enquanto 16,8% enfrentavam níveis intensos e 2,8%, níveis muito intensos de estresse.
A qualidade de vida dos professores foi avaliada por meio de um método que examina oito aspectos de saúde, revelando que aqueles com alto estresse percebido possuíam qualidade de vida significativamente reduzida.
O estudo também avaliou a frequência e intensidade das atividades físicas dos participantes, incluindo esforços ocupacionais, lazer e deslocamentos.
Os resultados mostraram que os professores ativos fisicamente tendiam a ter uma qualidade de vida melhor.
Victor Beretta, coordenador do Laboratório de Neurociência e Comportamento Motor da Unesp e um dos responsáveis pelo estudo, explicou que, embora os mecanismos exatos pelos quais o exercício reduz o estresse e melhora a qualidade de vida não tenham sido diretamente identificados na pesquisa, a atividade física pode influenciar positivamente de várias maneiras. Entre elas, a liberação de endorfina e redução dos níveis de cortisol, além de promover melhorias no sono, convívio social e capacidades funcionais.
Wésley Torres, doutorando envolvido no estudo, destacou a importância de políticas de promoção de saúde que incentivem a prática de atividade física entre professores. Segundo ele, tais medidas podem ser cruciais para mitigar o estresse e elevar a qualidade de vida dos educadores.
O estudo enfatiza a necessidade de mais pesquisas para explorar os efeitos específicos do exercício físico sobre o estresse e a saúde mental, especialmente entre profissionais da educação, que frequentemente enfrentam ambientes de trabalho desafiadores.
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