Policial • 18:26h • 11 de julho de 2025
Ataque ao prédio público em Assis: quando o vandalismo sabota toda uma população
Depredação de prédio público recém-anunciado como centro de saúde e assistência social expõe o custo social e financeiro de um crime que atinge todos os moradores
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da PMA | Foto: Divulgação/Redes Sociais

As imagens divulgadas no final desta sexta-feira, 10 de junho, pela Prefeitura de Assis chocaram a cidade. Portas arrombadas, fiação arrancada sem justificativa, parte elétrica destruída, vidros estilhaçados, salas inteiras reviradas. O prédio, escolhido para abrigar o Projeto Integra Vida, amanheceu devastado por um ato de vandalismo brutal.
Esse espaço não seria apenas um prédio reformado. O Integra Vida foi anunciado há poucos dias como um projeto integrado de saúde, assistência social e esporte, pensado para centralizar atendimentos essenciais para quem mais precisa. A prefeita Telma Spera chamou o vandalismo de "barbárie" e prometeu reconstrução.
Mas quem paga essa conta?
A resposta é dura e direta: todos nós.
O dinheiro que agora será usado para arrumar o estrago, será vindo de dinheiro público, que poderia estar investido em novos equipamentos de saúde, em melhorias de infraestrutura ou até mesmo em ampliação do próprio Integra Vida. Em vez disso, terá que cobrir os custos de um ataque sem sentido, feito por quem acha que atinge a prefeitura ou a gestão, mas que, na prática, atinge o morador da cidade, o vizinho, o amigo, a própria família.
E mais: se quem fez isso pensa que prejudicou um governante, está enganado. A gestão municipal vai reconstruir, como já prometido. Vai reverter o estrago. Mas o prejuízo fica para a população que poderia estar recebendo esse serviço mais cedo e com mais qualidade.
Em Assis, já se fala em rastrear câmeras de segurança próximas para tentar identificar os autores. O novo apelo é que moradores da região devem verificar imagens de quinta-feira, dia em que a destruição ocorreu, e encaminhar tudo para a polícia. É uma questão de cidadania. De impedir que atos assim se repitam.
Não é apenas patrimônio público que foi atacado. Foi o bem-estar coletivo, o cuidado com quem mais precisa. Foi a esperança de quem viu no Integra Vida uma chance real de atendimento integrado e humanizado. E para quem acha que isso é um protesto, vale lembrar: não há protesto que justifique vandalismo, destruição, gasto desnecessário de recursos que deveriam servir à própria comunidade.
A prefeitura já registrou boletim de ocorrência e prometeu investigação rigorosa. E a sociedade assisense precisa, mais do que nunca, se unir para denunciar quem fez isso. Para cobrar responsabilização. Para dizer que quem ataca o bem público ataca todos nós.
A reconstrução do prédio virá. Mas a reflexão também precisa vir. Porque todo ato tem consequência. E a consequência neste caso vai além das paredes destruídas: é o dinheiro público sendo desviado de sua função original para consertar o estrago deixado por quem não entendeu o básico sobre viver em comunidade.
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