Ciência e Tecnologia • 21:14h • 27 de agosto de 2025
Astrônomo brasileiro que participou da missão Apollo 11 explica aurora boreal em documentário inédito
Aos 91 anos, José Manoel Luís da Silva compartilha conhecimento científico e trajetória como educador em filme disponível gratuitamente no YouTube
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Souk Assessoria | Foto: Divulgação/Assessoria

O astrônomo brasileiro José Manoel Luís da Silva, de 91 anos, é um dos protagonistas do documentário Aurora Boreal: Amor em Forma de Luzes e Cores, lançado recentemente e disponível gratuitamente no YouTube. Reconhecido por ter integrado o Projeto Apollo entre 1968 e 1973, Silva participou de dez missões espaciais, incluindo a histórica Apollo 11, que levou o primeiro homem à Lua em 1969.
No documentário, o cientista explica de forma acessível e detalhada como ocorre o fenômeno da aurora boreal, resultado da interação do Sol com o campo magnético da Terra. As imagens foram registradas pelo fotógrafo Marco Brotto em países como Islândia, Groenlândia, Canadá, Noruega, Alasca e Ilhas Faroé, e a direção é de Júlio Mauro.
José Manoel Luís da Silva
Além da sua atuação internacional, José Manoel Luís da Silva deixou um legado significativo no Brasil como educador. Ele fundou e dirigiu o Observatório Astronômico e o Planetário do Colégio Estadual do Paraná, espaços que continuam promovendo o acesso da população ao conhecimento científico. Foi também um dos fundadores da Sociedade Astronômica Brasileira e da Associação Brasileira de Planetários, entidades que tiveram papel central na disseminação da astronomia no país.
Além da trajetória científica, José Manoel Luís da Silva teve papel essencial como educador, dirigindo o Observatório Astronômico e o Planetário do Colégio Estadual do Paraná, dos quais foi fundador | José Manoel Luís da Silva
Com formação em Física e Matemática pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Silva dedicou-se especialmente ao estudo de estrelas variáveis e defendeu a curiosidade como motor da ciência. Para ele, a astronomia vai além da pesquisa técnica, sendo uma forma de despertar encantamento. “Nós estamos no céu, porque a Terra está no céu. Então, nós nascemos no céu”, afirmou em uma das entrevistas.
O documentário reforça a importância da popularização da ciência e mostra como a experiência de um pesquisador brasileiro se conecta a iniciativas educativas, como as sessões gratuitas do Planetário do Colégio Estadual do Paraná, criadas por Silva em 1978 e mantidas até hoje. O objetivo, segundo os idealizadores, é garantir que cada vez mais pessoas tenham a oportunidade de se aproximar dos mistérios do Universo.
O filme está disponível na íntegra no canal de Marco Brotto no YouTube.
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