• Checklist do 3I/ATLAS: o que resistiu, o que caiu e o que ainda intriga após dois meses de anomalias
  • Hub Inova FEMA é credenciado ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação
  • Feira de Economia Solidária realiza edição especial nesta quarta-feira em Assis, com show gratuito
Novidades e destaques Novidades e destaques

Variedades • 14:10h • 20 de setembro de 2024

Arboviroses circulam há mais de 400 anos

As arboviroses são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos

Da Redação/Butantan | Foto: Renato Rodrigues

Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan.
Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan.

Os primeiros registros de arboviroses no mundo datam do final do século XVI. Segundo a bióloga e especialista em mosquitos Rafaella Sayuri Ioshino,, acredita-se que inicialmente os arbovírus circulavam no meio silvestre e infectavam mosquitos, aves e pequenos mamíferos. Porém, com o aumento da população e desmatamento, os mosquitos começaram a ter mais contato com humanos, dando início à circulação dos arbovírus no meio urbano.

O vírus da febre amarela foi o primeiro arbovírus descrito no mundo. De origem africana, ele alcançou o Ocidente por meio do tráfico de escravizados a partir do final do século XVI. Possivelmente, a dengue chegou às Américas no mesmo período, mas os primeiros registros formais datam de 1943 no Japão. Outros arbovírus como Zika e chikungunya são mais recentes, descobertos na África em 1947 e 1952, respectivamente.

No Brasil, a primeira epidemia de arbovírus foi causada pela febre amarela no século XVII (1685), na região de Pernambuco, levando à primeira campanha sanitária em 1690. Já os primeiros casos de dengue foram comprovados na década de 1970, enquanto os vírus da chikungunya e Zika só chegaram ao país muito depois, em 2014 e 2015, respectivamente.

Foram séculos até se demonstrar, de fato, que o vetor da dengue – e posteriormente de Zika e chikungunya – era o Ae. aegypti, conhecimento publicado em 1906. “Antigamente, as ferramentas eram bem diferentes e limitadas. Hoje, com o avanço da ciência, conseguimos coletar um mosquito no campo, identificá-lo e determinar com qual vírus ele está infectado”, afirma a especialista.

O Ae. aegypti também foi descrito como vetor da febre amarela urbana, mas esse meio de transmissão não é registrado no Brasil desde 1942. O último surto da doença, ocorrido em 2017, foi considerado de origem silvestre, sendo o vírus transmitido por mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus.

“Sem dúvidas, o que controlou a disseminação da febre amarela e reduziu os surtos no Brasil foi a vacinação. A inclusão da vacina no calendário nacional de imunização ajudou a erradicar a circulação do vírus no meio urbano”, destaca a cientista.

Um recente estudo da Universidade Federal do Pará, no entanto, indicou que o Ae. albopictus também é um vetor competente para febre amarela, isto é, o vírus é capaz de infectá-lo em condições laboratoriais. Embora não haja comprovação de infecção natural, a pesquisa acende um alerta para a potencial reemergência da febre amarela urbana, já que o mosquito tem se adaptado às regiões periurbanas.

“Infelizmente, não temos uma ferramenta única capaz de controlar as arboviroses. Em relação à imunização, é necessário ter uma vacina para cada arbovírus. Porém, quando eliminamos o criadouro [água parada], reduzimos a população de várias espécies de mosquitos e, consequentemente, diminuímos a circulação dos arbovírus entre humanos. Então, por que não combinar a vacinação com a retirada dos criadouros? Embora algumas espécies de mosquitos ainda não representem risco para a transmissão de doenças, não precisamos esperar acontecer para começar a tomar providências e se prevenir”, conclui Rafaella.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Variedades • 20:36h • 09 de dezembro de 2025

Inquilino pode? Estudo revela as dúvidas mais comuns dos inquilinos segundo buscas no Google

Levantamento analisa os termos mais pesquisados após as mudanças na Lei do Inquilinato em 2025

Descrição da imagem

Economia • 19:41h • 09 de dezembro de 2025

Black Friday tem mais de 3 mil interações no Procon-SP e 341 lojas com irregularidades

Queixas formais aumentaram quase 40% em relação ao ano passado, segundo balanço divulgado na sexta-feira

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 19:05h • 09 de dezembro de 2025

Checklist do 3I/ATLAS: o que resistiu, o que caiu e o que ainda intriga após dois meses de anomalias

Âncora 1 faz balanço técnico do que já se sabe sobre o 3I/Atlas após dois meses de cobertura, com base em estudos oficiais, observações independentes e análises científicas

Descrição da imagem

Economia • 18:23h • 09 de dezembro de 2025

Indústria alerta para avanço da pirataria têxtil e risco à vida com EPIs falsificados

Perdas no mercado ilegal ultrapassam R$ 87 bilhões e incluem fraude em tecidos usados para EPIs, alerta a indústria

Descrição da imagem

Educação • 17:39h • 09 de dezembro de 2025

Hub Inova FEMA é credenciado ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação

Reconhecimento estadual integra o núcleo de inovação da FEMA à rede paulista dedicada ao desenvolvimento científico e empreendedor

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 17:14h • 09 de dezembro de 2025

SP promove oito municípios e passa a ter 78 Estâncias Turísticas

Tatuí, Jaú, Botucatu, Guararema, Sertãozinho, Buritama, Apiaí e Barra do Turvo integram a partir de agora a categoria de Estância

Descrição da imagem

Economia • 16:47h • 09 de dezembro de 2025

A inadimplência no ensino superior acende alerta sobre risco de apagão educacional no interior

Relatório do Semesp mostra avanço entre instituições pequenas e expõe ameaça à sustentabilidade do ensino superior fora dos grandes centros

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:15h • 09 de dezembro de 2025

Cruzália anuncia programação especial de Natal com shows, sorteios e chegada do Papai Noel

Evento terá dois dias de atrações gratuitas na Praça da Matriz, incluindo apresentações musicais e atividades para toda a família

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Paralisação completa do 3I/Atlas intriga cientistas e realinhamento aponta para novo comportamento

Registros confirmados por observatórios independentes em três continentes mostram desaceleração em microetapas, parada total e ajuste direcional incomum, ampliando questionamentos sobre a natureza do visitante interestelar

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025