Educação • 08:03h • 23 de outubro de 2025
Apenas 22% dos estudantes brasileiros se sentem plenamente acolhidos na escola
Projetos mostram caminhos para uma educação mais plural e corresponsável
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Betini Comunicação | Foto: Divulgação
Um levantamento realizado pelo Instituto Educbank de Educação e Cultura, em parceria com o Great Place to Study (GPTS), revela um dado preocupante: apenas 22% dos estudantes brasileiros afirmam se sentir plenamente reconhecidos e acolhidos na escola. A sensação de pertencimento e segurança emocional diminui conforme os alunos avançam na idade, especialmente durante o ensino médio, fase marcada por transformações sociais, cognitivas e afetivas.
Para reverter esse cenário, algumas instituições têm buscado fortalecer a escola como espaço de acolhimento, pluralidade e corresponsabilidade. Um exemplo é o Projeto Miné, lançado em 2 de outubro de 2025 pela Escola Gracinha, mantida pela Associação Pela Família, em São Paulo. O evento de lançamento reuniu famílias, estudantes e especialistas em torno do tema da diversidade e da solidariedade, com mediação da jornalista Astrid Fontenelle.
“Foi um encontro inspirador, onde refletimos sobre a corresponsabilidade de todos na construção de uma escola plural e da relevância da cultura de doação na formação de cidadãos conscientes e participativos”, explica Andréa Caran, presidente executiva da instituição. Segundo ela, mais de 100 bolsistas já fazem parte da comunidade escolar, e o Projeto Miné surge para ampliar o acesso e fortalecer a inclusão.
O evento contou com a presença de Giovanni Harvey, diretor executivo do Fundo Baobá para Equidade Racial e ex-secretário executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, que ressaltou os avanços e desafios históricos da educação inclusiva no país.
“Há 40 anos, algo assim seria impensável. Mas, mesmo com os progressos, ainda precisamos de um compromisso profundo com a democracia, o respeito e, principalmente, com a educação”, afirma Harvey.
Para Andreza Carlota, assistente social e mãe de alunos do Gracinha, a instituição representa mais do que um local de ensino: é um espaço de transformação. “Quando busquei essa escola, meu foco era a qualidade acadêmica. Hoje vejo que ela oferece algo muito maior: um ambiente que valoriza as diferenças e amplia o olhar dos meus filhos sobre o mundo”, relata.
Nina Valentini, cofundadora do Movimento Arredondar e integrante do painel, reforçou a importância da corresponsabilidade coletiva. “É essencial que toda a comunidade escolar esteja unida nesse propósito. Quando escolas particulares abrem espaço para esse diálogo, temos a chance de repensar práticas e fazer a educação funcionar de forma mais humana e inclusiva”, conclui.
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