Cidades • 12:00h • 04 de setembro de 2024
APASS acolhe animais silvestres vítimas de queimadas em Assis e região
Organização destaca cuidados no resgate de animais e apela por conscientização ambiental durante a seca
Da Redação | Foto: Divulgação
O Governo do Estado de São Paulo, por meio do Departamento de Fauna Silvestre, está mobilizando esforços emergenciais para resgatar e reabilitar animais silvestres afetados pelos incêndios florestais na região de Marília, com destaque para o acolhimento de 21 animais na cidade de Assis. As operações fazem parte de uma resposta rápida e coordenada para mitigar os danos causados pelas queimadas que atingem o interior paulista.
Nos últimos dias, a Associação Protetora de Animais Silvestres (APASS) de Assis tem recebido 21 animais silvestres resgatados em decorrência das queimadas que afetam a região. A equipe do Portal Âncora 1 conversou com Natália, da APASS, que forneceu detalhes sobre o resgate e tratamento desses animais, além de orientações sobre como a população pode ajudar.
Entre os animais acolhidos estão 15 filhotes de periquito-rei, dois gaviões carcarás e um carijó com intoxicação por fumaça. Além disso, dois filhotes de cachorro do mato, um deles com queimaduras e cego de um olho, e um gato do mato, gravemente ferido em um milharal e atropelado por uma colheitadeira, foram resgatados. O gato do mato sofreu queimaduras graves e perdeu parte de uma das patas. "Ele está em recuperação, mas infelizmente não poderá retornar à natureza, pois perdeu a visão e sofreu lesões severas", explica Natália.
Como proceder ao encontrar um animal silvestre ferido
Natália orienta que, ao encontrar um animal silvestre em situação de risco, o mais indicado é acionar as concessionárias responsáveis pelas rodovias da região, que possuem parcerias com a APASS para realizar o resgate. As concessionárias CART, Entrevias e Eixo SP estão preparadas para atender ocorrências desse tipo, e os usuários podem acioná-las diretamente. Além disso, a APASS pode ser contatada em casos de emergência e resgate pelos telefones: (18) 99796-3646 ou (18) 99700-3646.
Essas medidas são importantes para garantir que o resgate seja feito de maneira segura, tanto para o animal quanto para a pessoa que o encontrou. "É fundamental que a população não tente manusear o animal por conta própria, já que isso pode agravar a situação do bicho e oferecer riscos", alerta Natália.
A importância da prevenção e conscientização
Natália destacou a importância de ações preventivas para evitar queimadas, principalmente durante o período de seca extrema. "É essencial que as pessoas tenham consciência de que o descarte de bitucas de cigarro nas rodovias, a queima de lixo ou até mesmo o fogo em áreas verdes podem causar incêndios devastadores, colocando em risco a vida de muitos animais", afirmou.
Além das queimadas, ela explicou que muitos animais acabam se deslocando para áreas urbanas e rodovias para fugir do fogo, aumentando o risco de atropelamentos e choques em redes elétricas.
Ouriços, macacos-prego e bugios são especialmente afetados, já que muitas vezes fogem para a rede elétrica e acabam sofrendo queimaduras ou choques elétricos, completou
A APASS segue em estado de alerta para atender a demanda crescente de resgates e enfatiza a necessidade de colaboração da população para reduzir o impacto das queimadas e proteger a fauna silvestre da região.
Essa rede de atendimento e reabilitação, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), é uma medida essencial dentro do conjunto de ações do gabinete de crise criado para enfrentar os incêndios florestais no estado.
Além de Assis, outras cidades do estado, como Ribeirão Preto, Jundiaí e Araras, também estão envolvidas nesse esforço, recebendo e cuidando de animais silvestres afetados. Em Ribeirão Preto, por exemplo, 17 animais foram resgatados, mas, infelizmente, oito deles não resistiram às queimaduras e complicações respiratórias causadas pelo fogo.
A Semil orienta a população sobre a importância de não tentar manipular animais feridos. Em caso de avistamento, a recomendação é acionar a Polícia Militar Ambiental (190), o Corpo de Bombeiros (193) ou a Guarda Municipal para que realizem o resgate de forma segura.
O esforço conjunto de várias unidades e especialistas em todo o estado, incluindo o centro de reabilitação de Assis, reforça o compromisso das instituições ambientais com a proteção da biodiversidade, especialmente em momentos críticos como os atuais.
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