Saúde • 08:46h • 24 de outubro de 2025
Anvisa autoriza uso do Mounjaro no tratamento da apneia do sono
Com princípio ativo tirzepatida, o Mounjaro é o primeiro fármaco autorizado no Brasil para essa condição e promete melhorar a qualidade de vida de milhões de pacientes
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: CFF
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Mounjaro para o tratamento da apneia do sono em adultos com obesidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e marca um avanço importante no enfrentamento de um distúrbio que afeta milhões de brasileiros. O remédio, que tem como princípio ativo a tirzepatida, já era autorizado no país para o controle do diabetes tipo 2.
Produzido pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro é o primeiro medicamento reconhecido no Brasil como terapia específica para apneia do sono. A doença, conhecida tecnicamente como apneia obstrutiva do sono, provoca pausas repetidas na respiração durante o descanso noturno, causadas por bloqueios parciais ou totais das vias aéreas. Entre os sintomas mais comuns estão ronco intenso, sono agitado e cansaço durante o dia.
A decisão da Anvisa foi baseada em estudos clínicos que demonstraram resultados expressivos no controle da doença. Uma pesquisa publicada em 2024 na revista New England Journal of Medicine mostrou que o uso da tirzepatida reduziu significativamente o número de interrupções respiratórias e melhorou a oxigenação do sangue, contribuindo para uma melhor qualidade de sono e menor risco cardiovascular. De acordo com a fabricante, cerca de metade dos pacientes tratados deixou de apresentar sintomas associados à apneia.
Além de reduzir os episódios de apneia, o tratamento com o novo medicamento também apresentou benefícios adicionais, como diminuição do peso corporal e melhora de fatores metabólicos. Os efeitos colaterais relatados foram, em sua maioria, leves e relacionados ao sistema gastrointestinal. Com essa aprovação, o Mounjaro representa uma nova alternativa para pacientes que antes dependiam exclusivamente de dispositivos como o CPAP, ampliando as opções terapêuticas disponíveis no país.
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