Gastronomia & Turismo • 12:48h • 14 de dezembro de 2025
Ame ou odeie: o ingrediente mais comentado do Natal tem mais vantagens do que parece
Apesar da divisão nas mesas brasileiras, nutricionista explica por que a uva-passa segue firme nas receitas de fim de ano
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Weber | Foto: Arquivo/Âncora1
Todo dezembro traz o mesmo cenário: famílias divididas, grupos polarizados e discussões acaloradas. O motivo? Uva-passa na ceia de Natal. O ingrediente, que atravessa gerações como símbolo de festa e abundância, segue despertando amor e rejeição quase na mesma medida. Uma pesquisa da Ticket mostra isso: 37% dos trabalhadores brasileiros colocariam passas em todos os pratos, 43% não ligam e 20% rejeitam de imediato.
Mas para além das preferências, a nutricionista Bárbara Tonsic, professora do curso de Nutrição EAD da UniCesumar, lembra que a uva-passa carrega um valor nutricional expressivo. O processo de desidratação concentra açúcares naturais, tornando-a uma fonte rápida de energia. Também é rica em fibras solúveis, como frutoligossacarídeos, que favorecem o funcionamento intestinal e auxiliam na manutenção da microbiota. Compostos como o ácido tartárico igualmente contribuem para o equilíbrio digestivo.
A fruta desidratada também contém vitaminas A e do complexo B, além de minerais como cobre, ferro, potássio, cálcio e magnésio. Bárbara, no entanto, reforça a importância da moderação. A alta concentração de carboidratos impede sensação prolongada de saciedade e facilita o consumo excessivo.
Diferentes tonalidades
A diferença entre uva-passa escura e clara também desperta curiosidade. As versões escuras, segundo a especialista, oferecem maior teor de resveratrol e flavonoides, antioxidantes reconhecidos pelo papel no retardamento do envelhecimento e na proteção celular. Já as passas claras ou verdes apresentam níveis mais baixos desses compostos, mas continuam sendo boas alternativas nutricionais.
Na cozinha, a versatilidade é um dos maiores trunfos do ingrediente. Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere usos em salpicão, farofas, bolos, tortas e caponatas. Combinações com maçã, abacaxi, queijos salgado, castanhas e carnes como frango ou cordeiro também figuram entre as preferidas de quem aprecia o toque agridoce das passas.
Bárbara reforça ainda que, quando consumida regularmente e de forma equilibrada, a uva-passa pode oferecer benefícios à saúde, especialmente pela ação antioxidante e pela contribuição ao trânsito intestinal. Por ser prática e energética, é também uma aliada de corredores e atletas amadores durante treinos prolongados.
Na mesa natalina, a discussão certamente continuará e faz parte do ritual. Mas, independentemente do lado escolhido no debate, a nutricionista deixa um ponto claro: “Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer. Tudo depende de como ela é combinada e do equilíbrio no prato”.
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