• Obras do artista assisense Alemão Art estão entre os destaques do Favela Gala 2025
  • Novo espaço promete mais conforto para comerciantes e público da Feira da Lua
  • Fim de semana em Assis terá calor, noites frias e baixa umidade do ar; confira a previsão
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 15:45h • 11 de junho de 2025

Alerta: acidez dos oceanos ultrapassa limite de equilíbrio planetário

Pesquisa foi feita pelo Laboratório Marinho de Plymouth do Reino Unido

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Arquivo Âncora1

Com a absorção da alta concentração de gás carbônico da atmosfera, os oceanos passam por uma redução do potencial hidrogeniônico (pH) e consequente diminuição da concentração de carbonato de cálcio na água, que afeta diretamente a estruturação de esqueletos e o crescimento de vidas marinhas.
Com a absorção da alta concentração de gás carbônico da atmosfera, os oceanos passam por uma redução do potencial hidrogeniônico (pH) e consequente diminuição da concentração de carbonato de cálcio na água, que afeta diretamente a estruturação de esqueletos e o crescimento de vidas marinhas.

A acidificação dos oceanos, um fenômeno causado pelo excesso de absorção de gás carbônico da atmosfera, ultrapassou os limites para o equilíbrio planetário em 2020, aponta estudo publicado na segunda-feira (9) por pesquisadores do Laboratório Marinho de Plymouth (PML) do Reino Unido.

De acordo com o estudo Acidificação dos oceanos: mais um limite planetário ultrapassado , a informação só foi revelada cinco anos depois, por meio do uso de medições mais modernas e da aplicação de novos modelos computacionais sobre materiais coletados nos últimos 150 anos.

“A gente tem uma informação robusta, sendo produzida por um estudo que tem alcance mundial e revelando uma informação que a gente, infelizmente, não tinha ainda. Apesar das observações e modelos matemáticos, essas informações não tinham integrado ainda o contexto dos limites planetários. E esse foi o grande avanço”, explica Alexander Turra, pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano.

O conceito de limites planetários foi criado em 2009 por cientistas do Centro de Resiliência de Estocolmo para o acompanhamento de nove fenômenos decorrentes da ação humana, como mudança climática, poluição por produtos químicos, mudança no uso da terra e a acidificação dos oceanos. Desde então, a ciência apontava que seis desses limites haviam sido ultrapassados.

Com a descoberta do novo estudo, a mudança da acidez das águas dos oceanos aumenta essa lista para sete.

“Isso traz para a gente um alarme adicional em relação a essa degradação do oceano. Especialmente porque é um fenômeno silencioso e imperceptível no nosso dia a dia, diferente do lixo no mar, que é muito evidente”, alerta Turra.

Com a absorção da alta concentração de gás carbônico da atmosfera, os oceanos passam por uma redução do potencial hidrogeniônico (pH) e consequente diminuição da concentração de carbonato de cálcio na água, que afeta diretamente a estruturação de esqueletos e o crescimento de vidas marinhas.

“ Isso significa que vai ter menos crescimento de recifes de coral, conchas de moluscos mais frágeis, autólitos [rochas hospedeiras] de peixes menos estruturados, e a gente vai ter, então, organismos que terão uma capacidade de se relacionar com o meio ambiente limitada em função desse comprometimento”, explica o pesquisador.

De acordo com a coordenadora do Laboratório de Oceanografia Química da UERJ, Letícia Cotrim, a acidificação também pode causar mudanças na fisiologia, crescimento e reprodução de espécies, afetando a biodiversidade existente nos oceanos.

O estudo propõe ainda o limiar de 10% para a concentração de carbonato de cálcio abaixo dos níveis pré-industriais como referência para esse limite planetário. A proposta parte da observação do comprometimento de habitats de espécies como moluscos, que dependem de conchas calcificadas para a sobrevivência.

Impacto

De acordo com os pesquisadores, quando essa fronteira foi ultrapassada em 2020, foi observado o comprometimento de 60% do oceano com profundidade de até 200 metros, e 40% do oceano de superfície de todo o planeta.

“Incluindo uma redução de 43% no habitat dos recifes de coral tropicais e subtropicais, até 61% para os pterópodes polares (borboletas marinhas) e 13% para os bivalves costeiros”, destaca a pesquisa.

Para a pesquisadora o estudo reforça o que cientistas afirmam há décadas. Quanto mais gás carbônico na atmosfera, mais rápido ultrapassaremos os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris. O limite de 1,5ºC de aquecimento global é o considerado gerenciável para evitar perdas maiores de vidas humanas, perdas na produção, problemas mais graves – e caros – com extremos climáticos e com a elevação do nível do mar, destaca.

Para Turra, o Brasil, enquanto um país marítimo e que vai sediar, em novembro, a próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), deve ter um protagonismo central nessa discussão, por meio da implementação de ações efetivas que sirvam como exemplo.

“A gente vai poder fazer uma conexão muito clara entre o oceano e o clima na COP30, a ponto de a gente fortalecer com mais esse argumento a necessidade de reduzir as emissões e de aumentar o sequestro e a estocagem de carbono”, conclui.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 12:13h • 12 de setembro de 2025

Obras do artista assisense Alemão Art estão entre os destaques do Favela Gala 2025

Evento beneficente do Instituto Gerando Falcões contou com a presença de celebridades, leilão milionário e obras de artista de Assis entre os destaques

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 11:33h • 12 de setembro de 2025

Novo espaço promete mais conforto para comerciantes e público da Feira da Lua

Evento tradicional passa a ser realizado na Cobertura do Espaço André Francisco, com mais conforto e estrutura para feirantes e visitantes

Descrição da imagem

Educação • 11:19h • 12 de setembro de 2025

Vestibulinho das Etecs abre inscrições para o primeiro semestre de 2026

Processo seletivo define ingresso nos Ensinos Médio, Médio integrado ao Técnico, AMS, cursos técnicos e especializações técnicas; prova será realizada dia 30 de novembro

Descrição da imagem

Economia • 10:54h • 12 de setembro de 2025

Inflação oficial recua 0,11% em agosto, menor resultado desde 2022

Em 12 meses, IPCA acumula 5,23%

Descrição da imagem

Saúde • 10:03h • 12 de setembro de 2025

Setembro Amarelo vira lei e reforça prevenção ao suicídio e à automutilação no Brasil

Nova legislação sancionada pelo presidente Lula oficializa o mês de setembro como período nacional de mobilização pela saúde mental, criando também os dias 10 e 17 como marcos de prevenção

Descrição da imagem

Economia • 09:46h • 12 de setembro de 2025

Empresas paulistas de pequeno porte poderão exportar para Uruguai e Argentina

Inscrições para missão internacional dos setores de alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos estão abertas até 19 de setembro

Descrição da imagem

Educação • 09:23h • 12 de setembro de 2025

Menos de 40% dos alunos valorizam professor, revela pesquisa

Levantamento ouviu mais de 2,3 milhões de jovens do 6º ao 9º ano

Descrição da imagem

Mundo • 08:43h • 12 de setembro de 2025

Saiba como colocar em dia contribuições previdenciárias atrasadas junto ao INSS

Entenda em quais situações é possível pagar períodos em atraso para regularizar o tempo de serviço e veja as principais regras

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?