Mundo • 14:26h • 14 de dezembro de 2025
Agência SP Verifica: veja o que é verdade e o que é mentira sobre a conta de água
Tarifa cobrada pela Sabesp será 15% menor do que se empresa ainda fosse estatal
Agência SP | Foto: Arquivo Âncora1
A tarifa de água da Sabesp aumentou logo após a desestatização.
Isso é mentira! Imediatamente após a desestatização da Sabesp, em julho de 2024, as tarifas social e vulnerável para a população de baixa renda tiveram redução de 10%, e as demais categorias também ficaram mais baratas, com 1% de queda nas residenciais normais e 0,5% nas comerciais e industriais.
Mesmo com a atualização da reposição inflacionária a partir de janeiro de 2026, a nova tarifa é 15% menor do que o valor previsto caso a empresa ainda fosse estatal. Com a revisão, aprovada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), o valor da tarifa residencial passa em 2026 para R$ 6,40/m³ em 371 cidades atendidas pela empresa, enquanto no modelo estatal ficaria em R$ 7,36/m³.
Vai ter aumento real da tarifa em 2026?
Não, as tarifas vão receber apenas a reposição do IPCA, índice oficial de inflação do país, acumulado entre julho de 2024 e outubro de 2025, sem aumento real para o consumidor. A decisão da Arsesp levou em consideração o novo contrato assinado com a privatização, prevendo apenas a reposição inflacionária de 6,11%.
É verdade que a tarifa estatal seria 15% maior que a privatizada?
Sim, é verdade. A diferença de 15% é resultado do modelo regulatório criado após a desestatização. Ele é baseado no controle rigoroso de investimentos, no uso dos recursos do Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento (Fausp) – criado com recursos da privatização e alimentado por dividendos da Sabesp, e na aplicação do novo contrato, que determina mecanismos permanentes de garantia da estabilidade tarifária até o alcance da universalização em 2029.
A tarifa de água de São Paulo foi a única a registrar queda em 2024.
É verdade. A tarifa residencial da Sabesp foi apontada pela Global Water Intelligence (GWI) como a única do Brasil a registrar queda em 2024 e isso só aconteceu por causa da privatização. Enquanto a maioria das cidades apresentou altas entre 4% e 10%, a Sabesp desestatizada reduziu as tarifas. Após a desestatização da Sabesp, as tarifas social e vulnerável para a população de baixa renda tiveram redução de 10%, e as demais categorias também ficaram mais baratas.
A tarifa vai ficar bem mais cara agora que foi privatizada.
Não! O novo modelo criou ferramentas para garantir o controle da tarifa e para que ela seja sempre menor do que a cobrada se a Sabesp ainda fosse uma estatal. O consumidor não será impactado financeiramente pelo grande volume de investimentos que está sendo feito para garantir a universalização do saneamento. Os mecanismos só permitem a compensação por investimentos já realizados e auditados, garantindo que a concessionária receba apenas pelo que de fato investiu.
Outro mecanismo que abate aumento tarifário são recursos do Fausp, que será usado quando necessário, garantindo que a tarifa cobrada seja sempre menor que a tarifa de referência estatal, sustentando a expansão dos investimentos sem pressionar o bolso dos usuários. Na revisão atual, o impacto do Fausp no índice de reposicionamento tarifário foi praticamente nulo (0,026%), indicando que o modelo não depende desse tipo de subsídio recorrentemente.
É verdade que os investimentos aumentaram 151%?
Sim, desde julho de 2024, a Sabesp já investiu cerca de R$15 bilhões na ampliação e melhoria da infraestrutura de saneamento das regiões que atende, R$10,4 bilhões de janeiro a setembro de 2025, aumento de 151% em relação ao aplicado no mesmo período do ano anterior.
A desestatização permitiu ampliar a tarifa social.
Sim, o número de beneficiados pelos descontos da Tarifa Social foi ampliado. Ao longo do primeiro ano de desestatização, houve crescimento de 90% no número de famílias atendidas pelas tarifas social e vulnerável, passando de 991 mil para 1,8 milhão. Para esses consumidores de baixa renda, o desconto pode chegar a 78% em relação à tarifa convencional, tornando o acesso à água e ao esgoto ainda maior.
Com a desestatização, será possível antecipar a universalização do saneamento.
É verdade. A desestatização da Sabesp garante investimento de R$ 70 bilhões para viabilizar, até 2029, a universalização do saneamento, incluindo áreas rurais e informais passíveis de regularização. A data é quatro anos antes do que determina o Novo Marco Legal do Saneamento.
Mais da metade do valor previsto já foi contratado. Até outubro, 616 mil novos domicílios passaram a receber água potável e 733,8 mil foram conectados à rede de esgoto. Além disso, 948,9 mil unidades foram contempladas com tratamento de esgoto. A antecipação da universalização evitará o descarte inadequado de 3,8 bilhões de litros de esgoto, o equivalente a 1,5 milhão de piscinas olímpicas.
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