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Responsabilidade Social • 11:13h • 27 de maio de 2025

Adolescentes são impactados pelo ambiente urbano

Ao longo de três anos, pesquisadores da USP e colaboradores analisaram a “crença no mundo justo” de 659 paulistanos entre 12 e 14 anos

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP

Os pesquisadores observaram que, em bairros marcados por abandono, insegurança e violência, os adolescentes não apenas apresentam um nível mais baixo de BJW pessoal, como também desenvolvem trajetórias de afastamento gradual dessa crença ao longo do tempo. E a sensação de que a própria vida não é governada por justiça pode ter implicações importantes tanto no bem-estar psicológico quanto no comportamento, afetando aspectos como motivação, autoestima e a confiança nas instituições.
Os pesquisadores observaram que, em bairros marcados por abandono, insegurança e violência, os adolescentes não apenas apresentam um nível mais baixo de BJW pessoal, como também desenvolvem trajetórias de afastamento gradual dessa crença ao longo do tempo. E a sensação de que a própria vida não é governada por justiça pode ter implicações importantes tanto no bem-estar psicológico quanto no comportamento, afetando aspectos como motivação, autoestima e a confiança nas instituições.

Adolescentes que vivem em bairros marcados por violência e infraestrutura precária tendem a ver o mundo como mais injusto para si do que para os outros. É o que aponta um estudo do Núcleo de Estudos da Violência (NEV-USP), com 659 jovens de 12 a 14 anos em São Paulo, ao longo de três anos.

A pesquisa analisou a chamada “crença no mundo justo” (BJW, da sigla em inglês), ideia de que o mundo é um lugar onde as pessoas recebem o que merecem. Essa percepção é importante para o bem-estar, a autoestima e a confiança nas instituições, mas é influenciada pelas condições do ambiente em que se vive.

Segundo o psicólogo André Komatsu, autor do estudo, o ambiente físico tem impacto direto nessa percepção, independentemente das relações com pais, professores ou autoridades. Adolescentes em áreas degradadas tendem a perder, com o tempo, a crença de que suas vidas são regidas por justiça. Já em bairros favorecidos, essa crença pessoal tende a se manter mais forte, ainda que os jovens reconheçam injustiças sociais.

As escolas, destaca Komatsu, podem ajudar a formar uma percepção mais justa do mundo — desde que promovam regras claras, respeito e imparcialidade. Quando reproduzem práticas arbitrárias, acabam reforçando a descrença institucional.

Embora o estudo não tenha focado em gênero ou raça, pesquisas anteriores com a mesma amostra mostraram que jovens brancos, de classe média alta, tendem a acreditar mais na justiça pessoal, refletindo desigualdades estruturais.

Komatsu também aponta o papel das redes sociais na formação dessas crenças. Algoritmos priorizam conteúdos emocionais e simplistas, reforçando estigmas e distorcendo causas estruturais das desigualdades. Isso dificulta o acesso dos jovens a análises mais fundamentadas e críticas.

Por fim, o estudo destaca que intervenções urbanas — como melhorias em espaços públicos e infraestrutura básica — podem restaurar o senso de justiça entre adolescentes, especialmente se envolverem a comunidade e reconhecerem os jovens como sujeitos de direitos.

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