Mundo • 09:51h • 25 de maio de 2025
Acidentes de trânsito deixam milhares com sequelas permanentes e exigem mudança cultural
Campanha 2025 reforça a importância da empatia no trânsito e chama atenção para as consequências permanentes da imprudência, segundo alerta da DS Beline
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Beline Assessoria | Foto: Divulgação

A edição 2025 do movimento Maio Amarelo volta a iluminar o debate sobre os acidentes de trânsito no Brasil, suas causas, consequências e, sobretudo, a necessidade urgente de mudança de comportamento nas ruas e estradas. Com o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, a campanha deste ano ressalta o valor da vida e a importância da prudência, empatia e atenção de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.
Segundo o DataSUS, uma pessoa morre, em média, a cada 15 minutos em decorrência de acidentes de trânsito. Já nas rodovias federais, os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal revelam a gravidade da situação: 73.121 acidentes, 84.489 feridos e 6.160 mortes em 2024, com um aumento de 10% nas mortes em relação a 2023.
Caroline Alves, head de Planejamento da DS Beline, empresa especializada em orientar vítimas de acidentes na busca por benefícios sociais, destaca que a campanha vai muito além de slogans. “Desacelerar não é só tirar o pé do acelerador. É rever prioridades, refletir sobre o impacto das nossas atitudes no trânsito e reconhecer que cada escolha ao volante pode custar uma vida — ou mudar uma vida para sempre”, afirma.
A tragédia invisível de quem sobrevive
Um dos aspectos mais preocupantes dos acidentes de trânsito, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), é que mais de 400 mil pessoas por ano ficam com algum tipo de invalidez. São vítimas que sobrevivem ao impacto físico, mas enfrentam consequências médicas, emocionais e financeiras por anos, muitas vezes sem acesso aos benefícios como o auxílio-acidente ou auxílio-doença, por falta de informação ou orientação adequada.
“Muitas vítimas sequer sabem que têm direitos. A falta de orientação jurídica e social é um agravante, porque compromete o processo de reabilitação e retorno à vida ativa. Nosso papel é garantir que essas pessoas não fiquem desamparadas, especialmente em um momento tão difícil”, afirma Caroline.
Uma convocação coletiva
Criado em 2011 e presente em mais de 30 países, o movimento Maio Amarelo utiliza a cor do alerta no semáforo como símbolo de atenção e urgência. Ao longo do mês, cidades brasileiras promovem ações educativas, palestras, fóruns e intervenções urbanas para sensibilizar a população sobre atitudes responsáveis.
Para Caroline, o desafio está em transformar essa campanha pontual em uma cultura permanente de segurança no trânsito. “Responsabilidade no trânsito é um compromisso coletivo. Pequenas ações, como não mexer no celular, usar o cinto de segurança ou respeitar o limite de velocidade, salvam vidas todos os dias. Isso não é exagero. É fato”, conclui.
A DS Beline reforça que a mobilidade urbana segura depende de empatia, informação e respeito mútuo entre todos os atores do trânsito, e que o Maio Amarelo seja mais do que um mês de atenção: seja o início de uma transformação contínua.
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