• Óbitos por câncer colorretal podem subir 36% até 2040, alerta especialista
  • Escutatória e perguntatória: os segredos de uma comunicação eficaz
  • Assis libera Teatro Municipal para público de até 457 pessoas com AVCB garantido
Novidades e destaques Novidades e destaques

Cidades • 17:32h • 26 de dezembro de 2024

20 anos após o tsunami de 2004: Como a ciência e a prevenção de tsunamis evoluíram

A devastação que causou mais de 220 mil mortes também impulsionou mudanças globais na preparação para desastres naturais e na ciência de alertas de tsunamis

Da Redação | Foto: Redes Sociais

Como a tragédia no Oceano Índico mudou o mundo e redefiniu a ciência dos tsunamis
Como a tragédia no Oceano Índico mudou o mundo e redefiniu a ciência dos tsunamis

Nesta quinta-feira, 26 de dezembro de 2024, completa-se o 20º aniversário de um dos desastres naturais mais devastadores da história moderna. O tsunami que atingiu o Oceano Índico em 2004, provocado por um terremoto submarino de magnitude 9,1-9,3, deixou uma marca profunda na história global. Em questão de minutos, 14 países foram atingidos por ondas que chegaram a 30 metros de altura, deixando cerca de 227 mil mortos e milhões de pessoas desabrigadas.

O evento, que teve seu epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia, foi causado por um sismo submarino de enorme intensidade, seguido por uma série de tsunamis que devastaram a região, incluindo países como a Tailândia, Sri Lanka, Índia e a Indonésia. Em muitas áreas, as ondas chegaram a avançar até 2 km para o interior, causando destruição generalizada e uma crise humanitária de proporções épicas.

O impacto imediato e as lições aprendidas

Uma das características mais notáveis do tsunami de 2004 foi o fato de que a maioria das vítimas foi pega de surpresa. Embora o terremoto tenha gerado um grande alerta imediato, as ondas demoraram entre 15 minutos a sete horas para atingir as costas, o que deixou pouco tempo para os países se prepararem. Além disso, os sistemas de alerta de tsunami eram inexistentes ou ineficazes no Oceano Índico, o que agravou ainda mais a tragédia.

Após o evento, a falta de preparação para tsunamis em várias regiões e a ausência de infraestrutura de alerta se tornaram claros pontos de vulnerabilidade. Mas o tsunami de 2004 também se transformou em um marco para mudanças globais. Dez anos depois, em 2014, a ONU destacou que os países ao redor do Oceano Índico estavam significativamente mais preparados para enfrentar desastres de grande escala. A Tailândia, por exemplo, estabeleceu um departamento governamental dedicado à Prevenção e Redução de Desastres Naturais, e muitos países adotaram novos sistemas de alerta e proteção contra inundações.

Mudança de conceito e preparo global

Antes de 2004, o conceito de tsunami e sua devastação eram pouco compreendidos por muitas populações costeiras ao redor do mundo. O evento de 2004, no entanto, não apenas alterou a vida das pessoas afetadas, mas também redefiniu a forma como os cientistas e autoridades lidam com esse tipo de desastre. A tragédia foi um divisor de águas no estudo de tsunamis, impulsionando avanços na ciência da previsão e na análise de como os tsunamis se comportam em diferentes tipos de terreno e profundidades de água.

A ciência dos tsunamis foi radicalmente transformada após 2004. Antes, as populações costeiras raramente estavam cientes de que um tsunami poderia se formar a milhares de quilômetros de distância do epicentro. Após o desastre, as pesquisas se intensificaram, resultando em sistemas de monitoramento e alertas mais rápidos e precisos, como os que hoje existem no Japão e ao longo das costas do Oceano Índico.

O legado ambiental

Além das tragédias humanas, o tsunami de 2004 também deixou um legado ambiental devastador. Manguezais, recifes de corais e ecossistemas costeiros foram destruídos em grande parte, afetando a biodiversidade local e as comunidades que dependiam desses ecossistemas para sua sobrevivência. As Maldivas, por exemplo, perderam atóis inteiros de recifes de corais, tornando algumas áreas inabitáveis por décadas.

A poluição dos aquíferos e a contaminação da água potável em várias regiões também foram um dos legados mais duradouros do desastre. Muitas comunidades ficaram sem acesso a água potável, e a recuperação dos recursos naturais afetados pelo sal e resíduos levou anos para ser restaurada.

20 anos depois: Uma reflexão sobre o futuro

Ao olhar para os 20 anos que se passaram desde o tsunami de 2004, fica claro que o desastre não apenas marcou um antes e depois para os países afetados, mas também para a maneira como o mundo lida com desastres naturais. A conscientização sobre tsunamis, sistemas de alerta e a importância da preparação têm sido temas prioritários para organizações globais, cientistas e governos.

Apesar dos avanços significativos na prevenção e resposta a desastres, o mundo ainda precisa de mais esforços para mitigar os efeitos de futuras tragédias. O tsunami de 2004, que ainda ecoa na memória coletiva, continua sendo um lembrete de que a natureza é imprevisível, mas nossa capacidade de nos prepararmos e respondermos a ela pode salvar vidas.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Saúde • 08:36h • 17 de setembro de 2025

Saúde prorrogou até dezembro a vacinação de jovens contra o HPV

Público alvo são adolescentes de 15 a 19 anos

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 08:18h • 17 de setembro de 2025

Composto de microrganismo da Antártida pode ser usado para produzir alimento, cosmético e remédio

Substância é essencial para garantir a sobrevivência do micróbio em ambiente com características extremas e mostrou ter propriedades antioxidantes, emulsificantes e estabilizantes

Descrição da imagem

Saúde • 08:04h • 17 de setembro de 2025

Dia Mundial da Segurança do Paciente, enfermeira de Assis reforça 6 metas internacionais

Profissional destaca medidas simples e eficazes que reduzem riscos e salvam vidas em hospitais, unidades básicas de saúde e até no atendimento domiciliar

Descrição da imagem

Saúde • 07:00h • 17 de setembro de 2025

Óbitos por câncer colorretal podem subir 36% até 2040, alerta especialista

Especialista alerta para os riscos associados à má alimentação, sedentarismo e diagnóstico tardio

Descrição da imagem

Economia • 20:43h • 16 de setembro de 2025

“Não existe sucesso sem rotina”: bilionário defende disciplina contra romantização do empreendedorismo

“Empreender é como escovar os dentes”: empresário desmistifica glamour e reforça constância

Descrição da imagem

Variedades • 19:35h • 16 de setembro de 2025

Escutatória e perguntatória: os segredos de uma comunicação eficaz

Especialista em oratória destaca pilares que fortalecem a conexão e tornam a comunicação mais eficaz no trabalho e na vida pessoal

Descrição da imagem

Policial • 18:35h • 16 de setembro de 2025

Ação policial em Tarumã apreende cocaína, crack e dinheiro em ponto de tráfico

Ação ocorreu nesta terça-feira (16) na Rua Piraíba, local já investigado por envolvimento com comércio de entorpecentes

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:36h • 16 de setembro de 2025

Assis libera Teatro Municipal para público de até 457 pessoas com AVCB garantido

Espaço cultural recebeu adequações estruturais, conquistou o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e volta a ter capacidade para até 457 pessoas

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?