Responsabilidade Social • 18:32h • 28 de novembro de 2025
Primeiros socorros domésticos: o que fazer e quando chamar o SAMU para evitar agravamentos
Erros comuns em emergências podem agravar acidentes em casa e exigem atenção imediata para evitar complicações graves
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da CW Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Acidentes domésticos estão entre as principais ocorrências de emergência nos lares brasileiros e podem se tornar situações críticas quando não recebem o manejo adequado. Segundo a Organização Mundial da Saúde, lesões acidentais figuram entre as maiores causas de morte e incapacitação no mundo, especialmente em ambientes residenciais e urbanos. Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de reconhecer sinais de gravidade e de saber quando acionar o SAMU pelo número 192.
O médico Felippe Scorsioni, cirurgião digestivo do Hospital Regional de Assis, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, destaca que o tempo de resposta é decisivo em emergências domésticas. Quedas, cortes profundos, queimaduras, choques elétricos, engasgos e desmaios estão entre as situações mais frequentes e exigem condutas específicas para evitar agravamentos.
Entre os sinais críticos que exigem chamada imediata ao SAMU estão dificuldade respiratória, sangramento incontrolável, perda de consciência, convulsões prolongadas, suspeita de fraturas graves e possíveis lesões na coluna. Nesses casos, cada minuto é determinante para o desfecho da ocorrência.
Caso a caso
O especialista explica que muitas práticas populares, ainda difundidas, são ineficazes e podem piorar o estado da vítima. Por isso, conhecer os primeiros passos corretos faz diferença na segurança do atendimento. Em casos de quedas ou fraturas, por exemplo, é fundamental manter a pessoa imóvel e jamais tentar reposicionar o osso. Em cortes profundos, a recomendação é aplicar pressão contínua por pelo menos 10 minutos e elevar o membro afetado.
Queimaduras devem ser resfriadas com água corrente por 10 a 20 minutos antes de qualquer outro cuidado, evitando aplicações caseiras como pasta de dente ou manteiga, que podem causar infecções. Em episódios de desmaio, água no rosto não é indicado, sendo necessário deitar a vítima, elevar as pernas e checar respiração e pulso. Crises convulsivas exigem proteção da cabeça e afastamento de objetos, sem colocar nada na boca da pessoa.
Engasgos possuem condutas diferentes para adultos e bebês. A manobra de Heimlich é indicada para adultos e crianças maiores, enquanto em bebês devem ser aplicadas batidas firmes nas costas, alternadas com compressões torácicas suaves.
Em situações de parada cardiorrespiratória, o passo essencial é acionar o SAMU e iniciar compressões torácicas imediatamente. Casos de intoxicação exigem cuidado redobrado, sem indução de vômito ou oferta de líquidos, sendo indicado contatar o CIATox pelo número 0800 722 6001.
No caso de choque elétrico, o primeiro procedimento é desligar a fonte de energia ou afastar o fio com objeto não condutor, como madeira ou plástico, antes de tocar na vítima. Somente após a neutralização do risco é possível avaliar o estado da pessoa.
Treinamento e kit básico
O médico ressalta que o ideal é que famílias mantenham um kit básico de primeiros socorros com gaze estéril, ataduras, luvas descartáveis, tesoura sem ponta, soro fisiológico, antisséptico, termômetro e analgésico simples. A automedicação deve ser evitada, pois pode mascarar sintomas importantes e atrasar o diagnóstico.
Treinamento em primeiros socorros é outra recomendação essencial. Pessoas capacitadas reconhecem mais rapidamente sinais de parada cardiorrespiratória, sabem agir sem cometer erros comuns e aumentam as chances de recuperação da vítima.
Serviços úteis
SAMU: 192
Corpo de Bombeiros: 193
Polícia Militar: 190
Defesa Civil: 199
Disque Intoxicação – CIATox: 0800 722 6001
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