Variedades • 15:01h • 27 de setembro de 2025
Estratégia, memória e tradição: por que o buraco segue tão popular entre os brasileiros
Popular em reuniões familiares, clubes e plataformas online, o buraco e sua variante trinca combinam sorte, memória e raciocínio rápido, conquistando gerações em todo o Brasil
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1
O buraco, também chamado de canastra, é um dos jogos de cartas mais tradicionais do Brasil. Presença constante em encontros familiares e rodas de amigos, o jogo atravessou gerações e ganhou diferentes versões, inclusive em aplicativos e plataformas digitais. Sua popularidade vem da combinação de sorte na compra das cartas, estratégia na formação de combinações e da intensa interação entre os jogadores.
Como funciona o buraco
O jogo é disputado geralmente em duplas, com dois baralhos de 52 cartas cada, incluindo os curingas. O objetivo é formar canastras — sequências de cartas do mesmo naipe ou conjuntos de cartas do mesmo valor — e somar pontos. Vence a dupla que atingir previamente a pontuação estipulada, como 2.000 ou 3.000 pontos.
Além da organização de cartas, o buraco exige atenção à movimentação do adversário, memória para lembrar cartas já descartadas e decisões rápidas sobre quando “fechar o jogo”. Esse equilíbrio entre sorte e raciocínio estratégico explica sua longevidade e fascínio.

A variante trinca
Entre as versões do jogo, a mais conhecida no Brasil é o buraco tradicional de canastra limpa e suja, mas existe também a trinca, uma variante em que os jogadores formam grupos de três cartas iguais. Essa adaptação simplifica algumas regras, tornando as partidas mais rápidas e dinâmicas, sem perder a essência da disputa estratégica.
A trinca costuma ser muito apreciada em ambientes informais, como clubes e reuniões, por ser mais ágil e acessível a iniciantes.
Um jogo de mente
Embora seja visto muitas vezes apenas como passatempo, o buraco compartilha com outros jogos de cartas o status de atividade intelectual. Assim como o xadrez ou o pôquer, ele exige planejamento, paciência, raciocínio lógico e capacidade de blefar ou despistar o adversário.
Pesquisadores de jogos e educadores também apontam que o buraco pode estimular a memória de curto prazo, o cálculo mental e até habilidades sociais, já que a comunicação entre parceiros é parte essencial da experiência.
Da tradição às plataformas digitais
Com a chegada da internet, o buraco se modernizou. Hoje, existem campeonatos online, aplicativos para celular e versões que conectam jogadores de diferentes cidades e países. Mesmo assim, a tradição das mesas presenciais, geralmente acompanhadas de café ou conversas descontraídas, segue firme como um traço cultural brasileiro.
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