Saúde • 20:21h • 06 de dezembro de 2025
Combinação de álcool com energéticos mascara embriaguez e eleva riscos à saúde
Cardiologista explica como a combinação potencializa efeitos no coração, eleva risco de arritmias e mascara sinais de intoxicação
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da GlobalPR Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O consumo crescente de bebidas alcoólicas e energéticas no Brasil reacende o alerta de especialistas sobre os riscos que essa combinação oferece ao sistema cardiovascular e ao sistema nervoso. Dados recentes mostram que os energéticos já estão presentes em 38% dos lares brasileiros e que 49% da população adulta consome álcool com diferentes frequências. Segundo o cardiologista do São Cristóvão Saúde, Fernando Barreto, o impacto das duas substâncias é preocupante porque seus efeitos podem ser potencializados quando ingeridas juntas.
As bebidas energéticas, ricas em cafeína e estimulantes, aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de arritmias e, em casos mais graves, convulsões. Além dos efeitos cardiovasculares, o consumo frequente está associado a sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e tremores, que refletem a sobrecarga provocada no sistema nervoso. O especialista reforça que indivíduos predispostos podem ter respostas ainda mais intensas, com risco elevado de eventos súbitos.
O álcool, por outro lado, é um conhecido fator de risco para hipertensão, insuficiência cardíaca e arritmias como fibrilação atrial. O consumo prolongado favorece o surgimento de doenças crônicas, como aterosclerose e hipertensão mantida, que comprometem o funcionamento do sistema cardiovascular. De acordo com Barreto, pequenas quantidades podem ser toleradas por pessoas saudáveis, mas não existe um nível universalmente seguro de consumo.
A associação entre energéticos e bebidas alcoólicas tem se popularizado entre jovens em festas e eventos sociais. A combinação, porém, é considerada especialmente perigosa porque os energéticos mascaram os sinais de embriaguez, levando a um consumo maior de álcool sem percepção dos limites. O cardiologista alerta que essa sensação artificial de “alerta” aumenta a probabilidade de intoxicação, episódios de arritmia e acidentes decorrentes da falta de controle motor e cognitivo.
O crescimento simultâneo do consumo das duas categorias reforça a necessidade de estratégias de conscientização, sobretudo entre adolescentes e jovens adultos. Para Barreto, a moderação e a informação são essenciais. Ele afirma que cada organismo reage de forma distinta e que associar substâncias que sobrecarregam o coração e o sistema nervoso amplia significativamente os riscos à saúde.
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